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ReportagemEsporte

Djokovic supera dor, vira novo jogo de 4h e vai às quartas em Roland Garros

Menos de 48 horas depois de um duelo de 4h30min, Novak Djokovic precisou voltar à Quadra Philippe Chatrier para as oitavas de final de Roland Garros, e seu corpo não se recuperou a tempo. O sérvio de 37 anos sentiu dores no joelho direito, não conseguiu competir como de costume a partir do segundo set e esteve a dois games da eliminação. Seu rival, o argentino Francisco Cerúndolo (#27 do mundo), contudo, bobeou quando tinha o jogo na mão. Cometeu seguidos erros no fim do quarto set e viu o sérvio renascer. Com motivação renovada, Nole elevou o nível de seu tênis, parou de reclamar da dor e triunfou mais uma vez. Por 6/1, 5/7, 3/6, 7/5 e 6/3, após 4h39min, arrancou outra uma vitória milagrosa e avançou às quartas de final em Roland Garros.

Além de sobreviver no torneio, Djokovic também quebrou uma marca importante que pertencia a Roger Federer. Nole agora soma 370 vitórias em torneios do Grand Slam, tornando-se o maior da história do tênis masculino no quesito. O suíço aposentou-se com 369, e o terceiro da lista é Rafael Nadal, com 314.

Djokovic também mantém a posição de número 1 do mundo, pelo menos temporariamente. Uma derrota nesta segunda-feira garantiria a perda do topo do ranking para o italiano Jannik Sinner. O sérvio precisa pelo menos alcançar a final para ter chances de sair de Roland Garros na liderança. Seu próximo adversário em Paris será o vencedor do jogo entre o norueguês Casper Ruud e o americano Taylor Fritz, que duelam também nesta segunda, na Quadra Suzanne Lenglen, a segunda maior do complexo francês.

Como aconteceu

Djokovic começou a partida salvando dois break points no terceiro game, escapando por pouco de uma quebra após uma passada de Cerúndolo tocar na fita e cair fora da quadra. Depois disso, o número 1 passou a controlar as ações, sendo mais sólido do fundo de quadra e usando curtinhas para tirar o argentino de sua zona de conforto. Assim, abriu boa vantagem até fazer 6/1.

O segundo set começou preocupante para o veterano, que pediu atendimento médico e teve o joelho direito tratado pelo fisioterapeuta. Djokovic aparentava sentir dor e tinha problemas quando precisava executar golpes correndo para o lado direito. Nole encarou quatro break points no sexto game, mas se salvou com bons saques e um par de erros não forçados de Cerúndolo. No oitavo, salvou mais um graças a outra falha do argentino. Djokovic, contudo, acabou sucumbindo. No 12º game, com 5/6 no placar e enfrentando um break point pela 13ª vez no jogo, finalmente errou uma direita. Game e segundo set, Cerúndolo: 7/5.

O terceiro set começou com um Cerúndolo mais confiante, enquanto Djokovic continuava se queixando de dor no joelho e não mostrava a regularidade de sempre, especialmente nos pontos em que precisava se movimentar mais. O sul-americano rapidamente abriu 3/0 e seguiu confirmando seu serviço sem ser ameaçado. Djokovic, por sua vez, já não sacava com a mesma potência e nem tentava alcançar algumas bolas. Cerúndolo manteve a vantagem até fechar o set em 6/3.

Cerúndolo vacila, Djokovic aproveita

O veterano tomou analgésicos antes do quarto set seguiu e lutando, mas era forçado a arriscar demais para não entrar em trocas de bola mais longas, que davam vantagem a Cerúndolo. Assim, tentava mais curtinhas do que o ideal. E foi assim, com uma curtinha na rede e outra que Cerúndolo alcançou, que Djokovic se viu pressionado mais uma vez no quinto game do set. Logo no primeiro break point, Nole cometeu um erro do fundo de quadra, e o argentino passou a ter 3/2 e uma quebra de vantagem. O sul-americano tinha o jogo na mão, mas bobeou no oitavo game. Cometeu uma dupla falta e outros dois erros não forçados e cedeu a quebra. Djokovic britou, vibrou e passou a jogar com outra intensidade.

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Cerúndolo teve mais uma chance de quebrar Djokovic no 11º game, mas não conseguiu fazer uma passada com o sérvio batido à rede. Assim, precisou sacar pressionado no 12º game e cedeu. O argentino ainda salvou três set points, mas perdeu o game point que levaria ao tie-break e, após dois erros não forçados seguidos, viu Djokovic comemorar e forçar mais um quinto set.

O jogo mudou, e parecia que o sérvio ia disparar no placar quando abriu 2/0 na parcial decisiva. Cerúndolo, porém, devolveu a quebra e igualou o placar em 2/2. Djokovic, contudo, tinha mais recursos, e isso ficou evidente no oitavo game. Depois de o argentino abrir 40/0 com seu saque, Nole igualou o game com uma sequência espetacular de pontos: uma paralela vencedora, uma contra-curta dificílima e outra curtinha vencedora. Pouco depois, outra paralela vencedora de direita deu ao veterano a quebra que ele precisava. Depois, com 5/3 no placar, foi só confirmar o saque e comemorar.

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Reportagem

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