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Dupla medalhista não vai se repetir em Paris, e isso não é ruim

Luisa Stefani e Laura Pigossi, medalhistas de bronze em Tóquio 2020 e campeãs pan-americanas em Santiago 2023, não repetirão a parceria nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Já era esperado, mas foi confirmado nesta quarta-feira, quando a Confederação Brasileira de Tênis anunciou a vaga em Paris para Luisa Stefani e Beatriz Haddad Maia.

Pode soar estranho para quem não acompanha tênis diariamente, mas Bia Haddad não só é a melhor tenista do país, ocupando atualmente a 20ª posição no ranking mundial de simples, mas também é a única brasileira em atividade a disputar uma final de slam nas duplas femininas. Junto com a russa Anna Danilina, foi vice-campeã do Australian Open de 2022.

Pode haver uma sensação esquisita para o torcedor olímpico brasileiro quando Laura não estiver em quadra, e a vibração de Pigossi pode, sim, fazer falta nos momentos tensos, mas é inquestionável que o potencial da dupla Stefani/Haddad Maia é maior. "Teto mais alto", como dizem hoje em dia.

Bia tem um saque melhor, golpes mais potentes do fundo de quadra e tem uma imposição física considerável quando está na rede. Mesmo sem estar em uma grande fase, é uma atleta que, na semana certa, se conseguir encontrar a química necessária com Stefani, pode compor uma dupla bastante forte.

Coisas que eu acho que acho:

- A medalha olímpica de Pigossi e Stefani é espetacular e está na história não só pelo ineditismo, mas por tudo que conspirou para que ela acontecesse. Não seria vexame nenhum se elas tivessem perdido na primeira rodada em Tóquio.

- Aliás, também não será vexame algum se Bia e Luisa perderem cedo em Paris. Tudo muda muito rápido no jogo de duplas, e não há grande favoritismo em uma chave que mistura simplistas e duplistas e junta jogadoras que não atuam lado a lado com frequência. É justamente esse fator de imprevisibilidade, junto com todos os match points salvos, que faz o bronze de Tóquio tão especial.

- Quem decidiu que a parceira de Luisa será Bia e não Laura? Segundo a CBT, "a definição dos duplistas é feita pelos capitães das equipes, Jaime Oncins (masculina) e Luiz Peniza (feminina)."

- Bia e Luisa disputaram apenas um torneio este ano, que foi em fevereiro, no WTA 500 de Abu Dhabi. Alcançaram a semifinal, mas não entraram em quadra. Haddad Maia abandonou após seguidas partidas longas na chave de simples. As duas, porém, já atuaram juntas várias vezes na Billie Jean King Cup e ganharam, juntas, o título do W100 de Ilkley, na Inglaterra, na grama, em 2019.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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