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Finalista em Paris e Wimbledon começou arrancada com virada sobre Bia

Pela primeira vez desde Serena Williams, em 2016, uma mulher alcança as finais de Roland Garros e Wimbledon na mesma temporada. O enorme feito é da italiana Jasmine Paolini, de 28 anos, atual número 7 do mundo. Em Paris, ela perdeu a final para a líder do ranking, Iga Swiatek. Em Londres, enfrentará a tcheca Barbora Krejcikova (campeã de Roland Garros/2021), que superou Elena Rybakina (campeã de Wimbledon/2022) na outra semifinal de hoje.

Até o começo do ano, porém, Paolini passava longe de estar entre as mais cotadas a uma conquista deste porte. Seu único título na carreira havia sido no modesto WTA de Portoroz, na Eslovênia, em 2021. Em janeiro, durante o Australian Open, a italiana era "apenas" a 31ª do ranking.

Tudo isso começou a mudar em fevereiro, durante o WTA 1000 de Dubai. E o jogo que marcou a arrancada de Paolini foi justamente contra a brasileira Beatriz Haddad Maia, na primeira rodada daquele torneio. Bia vencia o jogo com tranquilidade e tinha 6/4 e 4/2 de vantagem. Mais do que isso: Paolini sacava em 15/40, diante de dois break points. Tivesse vencido um desses pontos, a paulista teria sacado para o jogo em 6/4 e 5/2. Em vez disso, Paolini se salvou, confirmou o saque e venceu dez games seguidos, aplicando um pneu (6/0) no terceiro set. A partida terminou com parciais de 4/6, 6/4 e 6/0 para a italiana (veja os melhores momentos abaixo).

No resto do torneio, Paolini derrotou a canadense Leylah Fernandez (então #33 do mundo), a grega Maria Sakkari (#11), ganhou um WO com a desistência de Elena Rybakina (#4), e ainda superou a romena Sorana Cirstea (#22) e, na final, a russa Anna Kalinskaya (#40), também de virada: 4/6, 7/5 e 7/5.

Com a pontuação de Dubai, Paolini entrou para o top 20 e ganhou a confiança que precisava para acreditar que podia ganhar coisas grandes. Em Roland Garros, alcançou sua primeira final de slam e só perdeu para a número 1 do mundo, Iga Swiatek. Nesta quinta-feira, avançou à final de Wimbledon ao vencer, novamente de virada, a croata Donna Vekic por 2/6, 6/4 e 7/6(10-8).

"Os últimos meses têm sido insanos para mim. Ainda tenho que absorver e entender. Estou tentando só me concentrar no que tenho que fazer em quadra, curtindo o que estou fazendo. Amo jogar tênis, é incrível estar aqui, neste estádio. É um sonho. Eu via finais de Wimbledon quando criança. Estou só curtindo e vivendo o presente, mas acho que os últimos meses foram insanos para mim, eu acho (risos)", disse na entrevista pós-jogo desta quinta-feira.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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