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Krejcikova contém reação de Paolini e conquista Wimbledon

No primeiro set, Barbora Krejcikova foi agressiva, precisa e dominante. Parecia rumar para uma vitória tranquila sobre Jasmine Paolini, atual número 7 do mundo. A italiana, contudo, reagiu com um segundo set brilhante, mudando a dinâmica do jogo e mostrando convicção para sair da Quadra Central com o troféu. Paolini, que já havia protagonizado duas grandes viradas na reta final do torneio, começou a parcial decisiva sacando e manteve a pressão sobre a tcheca. No entanto, nos momentos decisivos, Krejcikova fez valer sua experiência e brilhou mais. Por 6/2, 2/6 e 6/4, derrubou a italiana, conquistou Wimbledon e levantou um troféu de slam pela segunda vez na carreira.

Campeã de Roland Garros em 2021 e número 2 do mundo nas simples em 2022, Krejcikova não estava entre as mais cotadas ao sucesso na grama londrina quando Wimbledon começou. De fevereiro a maio, ganhou apenas um jogo no circuito e sofreu cinco derrotas seguidas. Nem na temporada de grama pré-Wimbledon a tcheca brilhou. Jogou os torneios de Birmingham e Eastbourne e terminou com duas vitórias e duas derrotas.

No entanto, na reta final do slam da grama, a atual número 32 do ranking encontrou seu melhor tênis e somou quatro vitórias sobre adversárias top 15: Danielle Collins #11), Jelena Ostapenko (#13), Elena Rybakina (#4) e, agora, Jasmine Paolini (#7).

Como aconteceu

Krejcikova começou a partida jogando um tênis arrasador, com excelente aproveitamento de primeiro serviço (89% no primeiro set) e golpes afiados do fundo de quadra. A tcheca foi mais agressiva desde o começo e, com uma cruzada vencedora de direita, quebrou o saque de Paolini no primeiro game. Krejcikova, aliás, venceu os oito primeiros pontos do jogo, e a italiana precisou salvar dois break points para evitar que a oponente abrisse 3/0. A tcheca, porém, seguiu melhor e conseguiu outra quebra no quinto game. Depois disso, manteve a vantagem até fechar o set em 6/2.

O jogo mudou radicalmente quando o segundo set começou. Paolini voltou mais vibrante e agressiva. Krejcikova, por sua vez, passou a errar mais. Em pouco tempo, a italiana quebrou o saque da tcheca e abriu 3/0. Desta vez, foi Krejcikova que precisou salvar dois break points para não deixar a oponente abrir duas quebras de frente. Não fez tanta diferença assim. Paolini seguiu melhor, conseguindo mais winners (8 a 4 na parcial) e errando menos (7 a 13) até anotar outra quebra e devolver o 6/2 do set anterior.

A parcial decisiva começou equilibrada, sem break points durante os seis primeiros games. No sétimo, porém, Krejcikova teve uma chance de quebra, que Paolini salvou vencendo um rali do fundo de quadra. A tcheca, porém, conquistou outro break point após uma ótima direita cruzada. A italiana, então, cometeu uma dupla falta, dando 4/3 e saque para Krejcikova. Barbora aproveitou. Primeiro, confirmou seu saque sem perder pontos para fazer 5/3.

Drama no fim

Depois, os nervos apareceram. Com 5/4 e 30/0 no placar, cometeu três erros não forçados seguidos e cedeu um break point. Contudo, salvou-se com um belo voleio e, depois de uma nova direita cruzada, chegou ao primeiro match point, mas desperdiçou com uma paralela de esquerda que saiu muito. Krejcikova ainda salvou um segundo break point antes de disparar um ace para obter outro match point. Porém, com um slice na rede, desperdiçou a segunda chance para fechar o jogo. Uma devolução ruim de Paolini deu à tcheca o terceiro match point e, finalmente, com um saque vencedor, Krejcikova deu números finais ao jogo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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