Vice em Wimbledon, Djokovic exalta Alcaraz: 'Não estou nesse nível'
Novak Djokovic foi completamente dominado por Carlos Alcaraz na final de Wimbledon deste domingo. Até quando esboçou uma reação, na reta final do terceiro set, isso se deu mais por um vacilo do espanhol do que por um grande momento seu. Por isso, quando encontrou a imprensa para a entrevista coletiva obrigatória pós-jogo, o sérvio de 37 anos, que passou por uma cirurgia no joelho no começo de junho, não deu desculpas para o resultado. Em vez disso, exaltou Alcaraz seguidas vezes e admitiu estar um nível abaixo tanto do espanhol quanto do atual número 1 do mundo, o italiano Jannik Sinner. Vejam abaixo as frases mais importantes de Djokovic:
Superioridade de Alcaraz
"Carlos mereceu esta vitória hoje. Ele foi o melhor jogador do começo ao fim. Tentei lutar no terceiro set e voltar, salvando três match points e alongando um pouco a partida, mas acho que era inevitável que ele vencesse porque ele estava apresentando tênis de mais qualidade. É simples assim."
"Eu acho que ele [Alcaraz] foi simplesmente melhor do que eu em todos aspectos. Movimentação, na maneira em que ele estava batendo lindamente na bola, no saque, em tudo."
"É sempre possível analisar a partida depois e dizer que eu poderia ter feito isso ou aquilo, mas no geral, como me senti em quadra... Hoje, contra ele... Eu fui inferior em quadra. Ele foi melhor, fez todos os golpes melhor do que eu. Não acho que eu poderia ter feito muito mais. Tentar me motivar? Talvez, sim. Colocar a torcida no jogo? Era o que estava acontecendo no terceiro set, e isso me empurrou um pouco, mas... Ele não estava permitindo que eu ganhasse pontos simples no meu saque, ele estava lendo bem meu saque, jogando com muita variação... Honestamente, nunca o vi sacando [bem] assim. Talvez eu tenha deixado de ver algo neste torneio, mas nunca o vi sacando tão rápido. Ele deve ter feito um treino de saque muito bom ontem, mas no geral ele jogou mais do que eu."
"Posso ser autocrítico, como sou, e posso ver as falhas - que já vejo - e coisas que eu deveria ter executado melhor, mas não acho que isso mudaria o rumo do jogo. Desde o começo, ele estava pelo menos meio degrau melhor do que eu de todas as maneiras."
Alcaraz e Sinner um nível acima
"Os Jogos Olímpicos e o US Open são os objetivos para mim [este ano]. Espero estar no meu melhor nesses dois torneios. É tudo que posso dizer agora. Alcançar a final de Wimbledon dá confiança, mas também sinto que contra o melhor jogador do mundo hoje em dia, além de Jannik [Sinner] - ambos vêm sendo os melhores este ano - sinto que não estou nesse nível para ter uma chance de derrotar esses caras em fases avançadas de slams ou nos Jogos Olímpicos. Terei de jogar muito melhor e me sentir muito melhor do que hoje, então vou trabalhar nisso. Não é algo que nunca vivi antes na vida. Diante de adversidades, eu normalmente cresço, aprendo e fico mais forte. É o que vou fazer."
Jogos Olímpicos pela frente
"Ainda tenho a intenção de disputar os Jogos Olímpicos e ter uma chance de brigar por uma medalha olímpica pelo meu país. É um piso completamente diferente, vou voltar ao lugar em que me lesionei algumas semanas atrás, então vamos ver como física e mentalmente vou me sentir. Espero encontrar o tênis certo porque vou precisar de tudo que tenho e mais para alcançar a final dos Jogos Olímpicos."
Preparação aquém da ideal
"Minha preparação para Wimbledon não foi como eu faria normalmente por causa da lesão. Meio que criei um programa híbrido de treino entre as sessões de reabilitação, com exercícios específicos para o joelho e o programa normal pré-slam de tênis e condicionamento físico. Isso provavelmente teve um efeito, especialmente nas primeiras rodadas, mas à medida em que o torneio transcorreu, eu me senti cada vez melhor. E cheguei à final. Em algumas partidas, joguei um tênis muito bom. Hoje, vi que eu estava meio degrau abaixo dele [Alcaraz] em todos os sentidos, e esta é a realidade que preciso aceitar no momento. Espero que as coisas possam ser diferentes da próxima vez que enfrentá-lo."
Aposentadoria não passa pela cabeça
"Não penso que seja meu último Wimbledon. Não tenho limitações na cabeça. Quero continuar jogando enquanto sentir que posso jogar neste alto nível."
Reportagem
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