Após aumento, ainda vale assinar a Disney só para ver tênis? Veja opções

Disney+ Premium: R$ 754,80 anuais

Prós: O serviço da Disney é o mais completo, sem dúvidas. Tem tudo que um fã de tênis precisa ver, além de um app disponível para smartphones e TVs smart, o que é essencial. Outros pontos a favor aqui são transmissões com narradores e comentaristas brasileiros e a possibilidade de voltar alguns minutos em uma transmissão ao vivo e rever um ponto ou outro (embora não seja um recurso limitado - não é possível voltar a algo exibido muito tempo atrás). Há também um pequeno acervo de jogos clássicos que podem ser vistos on-demand (mas nem sempre é fácil encontrá-los) e alguns jogos recentes estão disponíveis para rever na íntegra (porém, nunca se sabe quais são nem por quanto tempo estarão disponíveis).

Contras: a plataforma é ruim, inadequada para esportes como o tênis. Mudar de uma quadra para outra leva quase um minuto, o que é inaceitável. E mais: a interface é mal atualizada, especialmente durante os slams, e nunca se sabe quem está jogando em que quadra. A ferramenta de busca também é ruim, e o suporte ao assinante é péssimo. Digo por experiência própria. Além disso, há ocasiões em que alguns jogos importantes não são disponibilizados no horário certo, passando até a impressão de que algum estagiário esqueceu de colocar o jogo no ar. A coisa chega a ser tão séria que já houve até casos em que o Star+ colocou no ar imagens de jogos que ele não tinha direito de transmitir (aconteceu mais de um dia durante o último Rio Open, cujos direitos eram do SporTV). Beira o inacreditável nos dias de hoje.

TennisTV: R$ 389,90 anuais

Prós: o serviço oficial da ATP é o melhor em termos de interface e qualidade de imagem. É possível voltar e rever um lance mesmo durante o jogo, sem limite de tempo. Também há gravações de todos os jogos da temporada que podem ser acessados a qualquer momento, e a ferramenta de busca funciona como deve ser. A plataforma é tão boa que tem até um Spoiler Mode, que esconde a timeline e o placar quando você abre um jogo ao vivo no site. O suporte ao cliente também funciona. Quando cai uma transmissão ou há um problema técnico, basta escrever que eles oferecem algum tipo de reembolso (normalmente, dão um mês de graça para cada problema que dura algumas horas). Também há um app disponível para smartphones e tablets e alguns modelos de smart TV (eu tenho numa LG). Outra vantagem é que o preço é fixo em reais, o que deixa o usuário despreocupado quanto à flutuação do dólar.

Contras: em comparação com a Disney, o TennisTV oferece menos da metade, já que não tem nem o circuito feminino nem os slams. Tampouco há transmissões em português, embora os narradores e comentaristas do canal sejam, em sua maioria, excelentes.

TennisTV via DAZN: hoje, é possível adquirir o TennisTV via DAZN, na interface em português, mas a assinatura anual por lá custa R$ 429 anuais, o que não me parece fazer muito sentido, a não ser para um grupo bem pequeno de usuários que já possuem DAZN e não encontram o app do TennisTV disponível para seu modelo de televisão.

WTA TV: US$ 74,99 (cerca de R$ 410)

Prós: o serviço oficial da WTA oferece imagens de boa qualidade de todos torneios do circuito feminino e múltiplas quadras, assim como TennisTV e Disney+ Premium. Assim como no TennisTV, os jogos ficam gravados na plataforma e podem ser vistos a qualquer momento. Também é possível voltar e rever lances enquanto os jogos acontecem (a função também existe no Disney+ Premium, mas com limitações).

Contras: É o serviço mais caro e que oferece menos. Aqui há só partidas da WTA, evidentemente, sem os slams. Não há sequer um aplicativo (algo inconcebível para 2024) - nem para dispositivos móveis nem para TVs, o que força o usuário a, no mínimo, abrir um navegador para acessar o serviço. Depois disso, é necessário um Chromecast para enviar a imagem a uma TV. Outro problema para o usuário brasileiro é o preço em dólar, sempre sujeito a flutuações.

Casas de apostas: cadastro e conta ativa

Prós: a opção mais em conta para ver tênis é fazer cadastro e um pequeno depósito em uma das casas de apostas que têm direitos de transmissão de tênis. Eu uso a bet365 (e não ganho nada para dizer isso) há pelo menos uma década. Fiz um primeiro depósito de R$ 40 e desde então não gastei mais nada. Lá, é possível ver todos ATPs e WTAs, mas nem todos slams. Este ano, não teve Wimbledon, por exemplo. Também é possível enviar a imagem para uma TV usando Chromecast. E sim, é um serviço legal no Brasil, sem a necessidade de VPN.

Contras: é preciso manter a conta ativa, o que significa fazer algumas apostas de vez em quando (não sei dizer a frequência, mas sei que é possível fazer apostas pequenas, de apenas um real). Além disso, não dá para rever partidas encerradas, não há como voltar para rever lances durante os jogos e não é possível ver mais de uma partida ao mesmo tempo. O mais importante a apontar aqui, porém, é que a resolução é bastante inferior à dos concorrentes. Não costuma incomodar a quem vê jogos em um smartphone, mas quanto maior a tela, mais perceptível é a resolução baixa.

Conclusões

Se você quer ver tudo-tudo-tudo-mesmo de tênis, em tela cheia e full HD, o Disney+ Premium ganha no custo-benefício. A oferta é a melhor, ainda que a plataforma deixe bastante a desejar. Os R$ 754 anuais ainda saem mais barato do que assinar TennisTV e WTA TV, o que custaria cerca de R$ 800 e ainda lhe deixaria sem os slams.

Se você acompanha apenas um dos circuitos, vale considerar a assinatura apenas do TennisTV (ATP) ou da WTA TV. Mesmo que você pague o serviço da Disney à parte para ver os slams, dá para economizar um pouco. Um ano de TennisTV mais quatro meses de Disney+ Premium sai por R$ 641,50. Pagando WTA TV anual e os quatro slams na Disney, a conta fica em cerca de R$ 660.

Agora... se você não se incomoda em ver tênis com resolução mais baixa ou realmente precisa economizar, a opção das casas de apostas é bastante válida. O custo é minúsculo, e se a casa de sua preferência não mostrar um ou mais slams, basta pagar os R$ 62,90 do Disney+ Premium a cada slam. A conta não vai passar dos R$ 300 anuais.

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