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Musetti completa trio para formar Rio Open mais forte dos últimos anos

A primeira experiência de Lorenzo Musetti no Rio Open não foi das melhores. O italiano era o #18 do mundo, chegou badalado, era o cabeça de chave 3 e foi eliminado rapidamente por um inspirado Nicolás Jarry, que sacou bem, encurtou pontos e não deixou Musetti encontrar um ritmo de jogo. Isso foi em 2023, quando Jarry saiu do qualifying, foi até as semifinais e esteve a dois games de eliminar Carlos Alcaraz (o espanhol venceu em três sets).

Pois o Musetti que foi anunciado nesta quarta-feira como estrela do Rio Open de 2025 é um tenista mais experiente, mais forte e mais, digamos, encorpado. Lore não chegou a sair do top 30, mas teve uma queda no ranking e, por um tempo, não obteve os resultados que esperava. Aos poucos, tudo voltou a se encaixar, e 2024 trouxe boas campanhas novamente. Na grama, fez uma semi em Stuttgart, foi vice em Queen's e, em Wimbledon, só perdeu para Djokovic, nas semifinais. Voltou para o saibro, foi vice-campeão em Umag e medalhista de bronze em Paris 2024. Novamente, só perdeu para Djokovic. Coincidentemente, é o número 18 do ranking mundial mais uma vez.

E provavelmente será este Musetti, uma versão melhor daquele de 2023, que desembarcará no Brasil para o Rio Open de 2025, completando um trio respeitável de atrações junto a Alexander Zverev e Holger Rune. Um grupo que deixa o torneio um tanto interessante mesmo sem Carlos Alcaraz, que foi o grande nome nos últimos anos.

Com os três e, possivelmente, os sul-americanos de sempre, o próximo Rio Open deve estar em um nível: 1) próximo ao de 2022, quando havia cinco top 20 na chave (Berrettini, Ruud, que acabou lesionado e não jogou, Schwartzman, Carreño Busta e Garín), além de Alcaraz, que era o #29 e acabou conquistando o título, seu primeiro ATP 500; 2) acima do de 2023, quando eram três top 20, com Alcaraz, Norrie e Musetti; e 3) certamente melhor do que 2024, com apenas Alcaraz e Norrie como top 20.

Ainda é cedo para fazer esse tipo de previsão, mas o torneio pode ser extremamente forte (pelo menos no papel) se levarmos em conta que há vários sul-americanos em bom momento e com ótimos rankings, como Báez (#21), Tabilo (#22), Jarry (#26), Cerúndolo (#29), Etcheverry (#34) e Navone (#37). Todos são bons saibristas e costumam aparecer por aqui. E se juntarmos Thiago Wild (#69), Thiago Monteiro (#74) e, principalmente, João Fonseca (#162), a chance de vários jogos de alto nível é bastante alta. Pode ser o melhor Rio Open dos últimos cinco anos - pelo menos.

Coisas que eu acho que acho:

- É sempre importante destacar: com a concorrência dos ATPs europeus de quadra dura, mais próximos das casas da maioria da elite, e dos bolsos profundos de Doha e Dubai, jogados na mesma época, não é fácil encontrar tenistas da elite dispostos a jogarem no saibro, na América do Sul, no calor, com grandes chances de rain delay, às vésperas de Indian Wells e Miami. Diante disso, o Rio Open trabalhou bem para fechar com três grandes que têm histórico de boas atuações no saibro.

- Em termos de quantidade de nomes interessantes, o último Rio Open que me interessou tanto (antes do início, claro) foi o de 2018, que teve Cilic, Thiem, Monfils, Verdasco, Fognini, Bellucci, Cuevas e Schwartzman - entre outros.

- O torneio anunciou que a venda de ingressos começará em novembro, mas ainda não há uma data definida.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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