Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Ainda bem que a WSL não é a Conmebol
Resumo da notícia
- World Surf League anuncia cancelamento da etapa brasileira do mundial
- Segundo a liga, a situação da pandemia vinha sendo monitorada e a decisão preserva a segurança e saúde dos atletas, equipes e população
- Evento do Rio de Janeiro deve voltar normalmente ao calendário em 2022
- Saquarema, no litoral do RJ, registra mais de 3 mil e 900 casos de Covid-19 e tem 86% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados
- Campeonatos nos Estados Unidos, México e Tahiti estão confirmados para esse ano
- Campeões mundiais serão definidos em setembro, nas ondas de Trestles, em San Clemente, na Califórnia
Sempre fico com um pé e meio atrás com entidades.
Claro, elas vivem e sobrevivem a partir de acordos, negócios, patrocínios.
Na maioria das vezes, de olho mais no $$$$ do que no pessoal.
E com o surfe não é diferente.
A World Surf League é a liga que comanda o esporte das ondas.
E tem que zelar pela segurança dos seus atletas, organizadores e staff.
Só que pelo menos até agora - com quase um ano e meio de pandemia - a WSL tem sido praticamente impecável em relação às questões sanitárias.
Ano passado, foi rápida para anunciar a paralisação do calendário.
Quando decidiu retomar as competições, em dezembro, foi precavida. Testou todos os envolvidos repetidamente. E no retorno, quando registrou casos de Covid-19, paralisou temporariamente o Pipe Masters, no Havaí.
2021 chegou... foi preciso cancelar novas etapas e reorganizar o que estava planejado.
Esperou o necessário para colocar as baterias na água. E a perna de 4 eventos na Austrália foi sucesso absoluto.
Agora, os dirigentes estudam e divulgam as decisões com calma, passo a passo.
Nesta quinta, foi confirmado o cancelamento da etapa de Saquarema, no Rio de Janeiro, prevista inicialmente para rolar em agosto.
Ufa, que alívio.
A WSL não é a Conmebol!!!!
E não considerou a ideia de 'tentar' fazer as coisas darem certo neste momento vivido pelo Brasil.
Se vai ter Copa América, pelo menos não vai rolar mundial por aqui.
Sem dúvida que o evento de Saquarema é um dos mais legais da temporada. E com certeza o que leva mais gente à praia.
É uma pena ficarmos sem os melhores nas ondas de Itaúna e Barrinha pelo segundo ano seguido.
E que a torcida brasileira tenha que esperar mais meses para rever seus ídolos... vibrar com as vitórias... extrapolar os níveis de aglomeração e carregar o campeão nos braços, como aconteceu três vezes com Filipe Toledo e duas com Adriano de Souza.
Mas é o certo.
Não dá pra brincar de 'faz de conta' e correr ainda mais riscos.
Segundo a Liga Mundial, "a situação da pandemia no Brasil vinha sendo monitorada, e a etapa foi cancelada para preservar a segurança e saúde dos atletas, equipes e população".
Ainda de acordo com a WSL, o litoral do RJ vai voltar a receber o torneio no ano que vem.
Saquarema, na Região dos Lagos, registra mais de 3 mil e 900 casos de Covid-19. Tem 86% dos leitos de UTI ocupados e todos os leitos de enfermaria cheios.
O Championship Tour - campeonato da divisão da elite - volta no dia 18, com as disputas na famosa piscina de Kelly Slater, no Surf Ranch, em Lemoore, na Califórnia.
Gabriel Medina - que lidera o ranking de 2021 - venceu nas duas vezes que o mundial passou por lá, em 2018 e 2019.
Aí, tem o hiato mais esperado por todos, para a estreia do surfe como esporte olímpico nos jogos de Tóquio, em julho.
Em seguida, o tour passa pelo México (de 10 a 20/8) e Tahiti (de 24/8 a 3/9).
Para depois, consagrar os campões feminino e masculino nas ondas de Trestles, em San Clemente, de novo nos Estados Unidos.
Que nessas 4 paradas, o vírus não reapareça.
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