Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Os direitos de Medina
Bicampeão mundial.
Maior nome do surfe brasileiro, dentro e fora da água.
Líder folgado da temporada 2021.
Quase 9 milhões de seguidores no Instagram.
Um dos principais favoritos do país à medalha de ouro em Tóquio.
Ídolo e fenômeno midiático.
Mas se o assunto é a delegação olímpica, Gabriel Medina é apenas mais um.
Justo.
Nesta semana, Medina se manifestou sobre a tentativa de levar sua mulher, a modelo Yasmin Brunet, como integrante do time brasileiro na Olimpíada, pedido negado pelo COB.
Para Gabriel, a presença dela, que o acompanha nas etapas desde que se casaram, é fundamental.
Mas para o Comitê Olímpico Brasileiro, apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada podem ser credenciados.
Aí que mora a questão.
Por causa da pandemia, o número pessoas liberadas como acompanhantes ficou ainda mais restrito.
Em nota, o COB informou: "Necessariamente, o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade, e o COB seguiu expressamente este critério para a aprovação de qualquer credencial. No ano passado, o COB informou aos atletas de todas as modalidades sobre a existência do programa "Familiares e Amigos", pelo qual o comitê daria todo o suporte para que os competidores pudessem receber as pessoas mais próximas na cidade sede dos Jogos, de forma a ter por perto todos aqueles que os ajudam no dia a dia, inclusive com ingressos para as competições e espaço específico do Time Brasil para encontros. Infelizmente, em decorrência da pandemia, o COB teve que cancelar este programa. O Japão impôs diversas restrições a todos os países participantes, impedindo inclusive a entrada de familiares, amigos, fãs e turistas no país durante o período dos Jogos, que também devem ocorrer sem público. Em maio, COB e Gabriel Medina acordaram que o treinador Andy King (que começou a trabalhar com o brasileiro durante as etapas do circuito mundial na Austrália) seria oficial credenciado para atuar como treinador do atleta nos Jogos Olímpicos de Tóquio".
Se a galera do surfe fosse se hospedar na vila dos atletas, Medina - da mesma maneira que acontece com outros milhares de competidores, casados ou não - ficaria sem a companhia permanente da mulher.
Como as disputas do surfe vão acontecer em Tsurigasaki - a 90 quilômetros da capital japonesa - a hospedagem, em tese, teria um tratamento diferenciado, mais livre.
Só que é preciso critério, tratamento igualitário.
Cada classificado terá direito a um acompanhante. Então, que assim seja... ...PARA TODOS.
Gabriel é um nome especial na lista do 'Time Brasil' que vai ao Japão. Mas não merece privilégios.
E é o que fica claro na última frase do texto publicado pelo comitê brasileiro, que para mim está agindo com precisão: "O COB não faz distinção entre os atletas".
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