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Quem pode atrapalhar os brasileiros na corrida do ouro olímpico?
Falta muito pouco para a maior festa do esporte.
Às vésperas da largada olímpica, o surfe continua como uma das disputas mais esperadas e comentadas.
Não faltam motivos.
É uma das modalidades estreantes.
Entre as competições individuais, a que o Brasil tem o maior favoritismo, com chances absurdas de conquista da medalha de ouro.
Principalmente no masculino, com os campeões mundiais Gabriel Medina e Italo Ferreira.
Uma realidade que especialistas do mundo todo concordam e apostam.
Por isso, todos de olho na contagem regressiva. Grande expectativa para o toque da sirene para as baterias nas ondas de Tsurigazaki - na província de Chiba, quase 100 quilômetros ao leste da capital Tóquio.
No mundial, não tem tido pra ninguém.
No Japão, muitos adversários serão os mesmos.
Rivais capazes de atrapalhar a conquista que muitos consideram certa.
Uma ótima chance para americanos, europeus, australianos e japoneses quebrarem uma hegemonia que incomoda a legião estrangeira nas etapas da Liga Mundial.
O primeiro nome que aparece em qualquer lista que não tem um brasileiro como favorito, é John John Florence.
E os troféus da foto acima são os principais exemplos do porque.
Bicampeão mundial em 2016 e 2017, JJF foi o único cara que conseguiu rivalizar com as estrelas do time verde e amarelo nas últimas temporadas. E só não foi ainda mais uma pedra no sapato dos brazucas, por causa das várias lesões.
Cenário que se repete em 2021. O havaiano, maior esperança dos Estados Unidos na Olimpíada, ainda se recupera de uma cirurgia, e não é possível saber se vai ter condições físicas par brigar por medalha. E até uma desistência de última hora não seria surpresa.
Kolohe Andino, o outro americano do time, também vem de lesão grave, mas está confirmado nos jogos. Em 2019, Andino foi o "intruso'' no pódio do ISA Games, competição realizada em Myiazaki, que serviu de teste para a Olimpíada. Em ondas bem parecidas com as que vão rolar em Chiba - Italo Ferreira ficou com o ouro, mas Kolohe tirou a prata das mãos de Gabriel Medina.
E por que "ninguém" fala dos australianos?
Se é o país que tem o maior número de campeões mundiais na história?
Pois é.
Depois da aposentadoria de caras como Mick Fanning e Joel Parkinson, a fase da galera "aussie" não empolga.
Mas eles vão fortes sim para a Olimpíada, com dois caras que marcam presença faz tempo na divisão de elite.
Owen Wright é um dos caras mais queridos do tour. Mas prefere ondas pesadas e tubulares - bem diferentes das que vai encontrar no Japão - e pode ser até considerado zebra.
Já Julian Wilson... hummmm... olhos abertos nele!
Ex-vice campeão mundial, Julian sempre foi uma pedra no sapato, principalmente para Medina.
Um excelente competidor, que se adapta a todos os tipos de mar.
E mais: como não vem bem nas etapas da WSL, deve estar com um apetite daqueles para colocar a medalha no peito.
Se for para o torcedor brasileiro secar alguém, indico o JW - #ficaadica !!
A Europa será representada por 5 atletas, de 4 bandeiras: França, Portugal, Itália e acreditem... Alemanha.
Jeremy Flores e Michel Bourez são o "allez les bleus".
Leonardo Fioravanti embarca como suplente após a desistência do sul-africano Jordy Smith, e vai embalado pela conquista da "Azzurra" na Euro.
Frederico Morais representa a nação portuguesa.
Todos integrantes do Championship Tour. Todos que se dão melhor quando o mar fica grande e pesado.
Apesar de tanto talento reunido, não apostaria em nenhum deles para o pódio final.
Ah... esqueci do alemão Leon Glatzer... foi o último a garantir a vaga, e acredito que seja o que tenha menor chance de surpreender.
Jordy Smith é um dos principais nomes da atualidade.
A ausência do maior ícone da África do Sul é uma grande perda para a estreia do surfe como esporte olímpico.
Um pena. Mas o continente africano vai estar bem representado entre os homens.
Do Marrocos, vem Ramzi Boukhaim, um cara bem conhecido nas etapas da divisão de acesso.
Em uma delas, a comemoração da foto acima.
Deixou os brasileiros pra trás e venceu o QS de Fernando de Noronha.
Deixei por último, a minha principal aposta.
O cara que pode colocar "água no chope brasileiro".
Como vários já citados, Kanoa Igarashi está entre os melhores do mundo.
É o 6º do atual ranking.
Assim como os outros, é um cidadão do mundo. Mais acostumado com o Havaí, Austrália, Portugal e Tahiti, do que com as ondas de seu país.
Mas Kanoa é japonês... vai competir em casa.
Pena pra ele, que não terá torcida. Seria uma vantagem.
Talentoso ao extremo. Competidor contumaz, com a frieza comum dos orientais.
Na minha opinião, Kanoa sai do Japão com medalha.
Com a de bronze né... atrás da dupla Medina-Italo.
Ou seria a dupla Italo-Medina?
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