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Surfe 360°

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Realidade dourada

Ítalo Ferreira, campeão olímpico do surfe - Jonne Roriz/COB
Ítalo Ferreira, campeão olímpico do surfe Imagem: Jonne Roriz/COB

Colunista do UOL

28/07/2021 04h00

Foi bonito? Foi!

Foi emocionante? Foi!

Foi justo? Foi!

A vitória de Italo Ferreira na estreia do surfe em Jogos Olímpicos, coroa uma trajetória de luta, trabalho, garra e claro... muito talento.

O cara que já tinha vencido os Jogos Mundiais da International Surfing Association e o Mundial da WSL, completa a "Tríplice Coroa" das ondas.

Chegou dizendo que não queria nada menos que o ouro.

Atropelou os adversários sem se preocupar com um ou dois tufões. Quase sem se dar conta de quanto o mar mudou nos três dias de competição.

Tóquio transformou o moço de Baía Formosa em Imperador das pranchinhas.

E com a medalha no peito, o novo integrante do rol dourado dos atletas brasileiros.

Um fenômeno... um competidor faminto, que com certeza, amanhã já vai estar treinando de olho no bicampeonato mundial.

Gabriel Medina - Ryan Pierse/Getty Images - Ryan Pierse/Getty Images
27.07.21 -Gabriel Medina durante a disputa da medalha de bronze nas Olimpíadas do Japão
Imagem: Ryan Pierse/Getty Images

Foi anticlímax? Foi!

Foi frustrante? Foi!

Foi justo? Hummmm... mais ou menos.

Tava tudo dando certo, dentro do "combinado".

Um em cada lado da chave, rumo à decisão 100% verde e amarela.

Até uma manobra do japonês, pontuada para muitos (eu inclusive)... um pouquinho acima do que deveria - encerrar o caminho de Gabriel Medina alcançar a final olímpica.

Um sonho interrompido também na bateria que poderia lhe dar o bronze.

Sair do Japão sem nada, foi novidade nesta temporada.

Gabriel medina e Italo Ferreira - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Gabriel Medina compartilhou foto com Ítalo Ferreira
Imagem: Reprodução/Instagram

Ao fazer o check-in para deixar o país, Medina vai sentir falta daquele excesso de bagagem, visto há dois meses quando deixou a perna australiana do tour.

Circuito aliás, que ele domina com folga... voando.

Gabriel competiu muito bem em Tsurigazaki Beach.

E não há remédio melhor, do que voltar a vencer na World Surf League.

Os 2 melhores do mundo, com ou sem medalha, já tem uma data pra se reencontrar.

10 de agosto, em Barra de La Cruz, no México.

Na 7ª e penúltima etapa da WSL no ano.

E em setembro, eles vão disputar de novo o título mundial.