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Tati pronta para ganhar o mundial inédito para o surfe feminino do Brasil
Resumo da notícia
- Tatiana Weston-Webb vai representar o país nas finais femininas do mundial
- Se vencer, ela entra para a história como a primeira brasileira a conquistar o título
- Competição acontece em Trestles, na Califórnia, a partir do próximo dia 9
- As 5 melhores da temporada irão competir em um único dia de baterias
- Carissa Moore (HAW), Stephanie Gilmore (AUS), Sally Fitzgibbons (AUS) e Johanne Defay (FRA), serão as adversárias na decisão
Duas finais em 2021. Uma vitória inesquecível nas pesadas ondas de Margaret River, na Austrália.
Resultado: 2ª colocação na classificação geral da temporada regular.
Posição que a colocou no WSL Finals, evento especial que vai definir os campeões da temporada.
Tatiana Weston-Webb pode se tornar a primeira brasileira a levantar o troféu mais importante do surfe mundial, e assim escrever um novo capítulo para o esporte das ondas.
Tati já está na Califórnia, treinando nas direitas e esquerdas de Trestles, palco da decisão.
De lá, em um bate-papo exclusivo com Mauricio Ferreira - meu parceiro na página @surf360_ - a craque de 25 anos - mais jovem entre as 5 finalistas - disse que está contando as horas para chegar o dia 9.
Como está a expectativa para a disputa decisiva?
Estou ansiosa, porque é um novo formato e qualquer pessoa no dia pode ganhar o título. Mas estou animada e me sentindo super bem. Não vejo a hora de competir.
Como você tem lidado com essa responsabilidade de ser a primeira brasileira campeã mundial?
Não gosto de colocar muita pressão em mim mesma, gosto de aproveitar o momento e me concentrar... focar no meu surfe. Vou assim pro dia, concentrada 100%... fazer tudo que puder pra ganhar.
Entre as finalistas tem atletas mais experientes, como a australiana Stephanie Gilmore e a havaiana Carissa Moore, e jovens como você e a francesa Johanne Defay. Isso mostra o equilíbrio da chave feminina, muita mais do que no masculino?
É sim, mais equilibrado, porque entre eles tem o Morgan Cibilic (AUS), que é um estreante, e o Conner Coffin (EUA), que ninguém esperava no Top 5. E a gente, eu, a Johanne, a Steph, a Sally Fitzgibbons e a Carissa, estamos sempre lutando esses últimos anos no topo do ranking.
Sobre Trestles... é uma onda em que você se encaixa bem? Ou preferia que a decisão rolasse em algum outro lugar?
Lowers é uma ótima onda e tem oportunidade para todo mundo, esquerdas e direitas e está bem neutro. Todo mundo pode ir bem e isso é muito legal. Uma onda assim, com chance para fazer aéreo, manobras de back e de front, todo tipo de oferta.
Sobre o formato das finais... as 5ª, 4ª e 3ª colocadas podem chegar mais embaladas na semifinal pelo ritmo das disputas... e você e a Carissa (1ª colocada no geral) estão mais perto do título por ter que vencer menos baterias. Existem esses dois lados da disputa?
Com certeza, é preciso pensar em todos os cenários. Pra mim, é ótimo entrar com o 2º lugar, vou ter a chance de surfar uma vez antes de enfrentar a Carissa e eu acho que vai me dar uma vantagem gigante.
Pra encerrar, tem algum palpite para o título masculino?
Temos Filipe, Italo e Gabriel entre os 5, isso já fala tudo, o Brasil está dominando e vai ser bem legal de ver. Gosto muito dos 3, mas Italo e Gabriel já tem titulo e queria ver o Filipe com título também.
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