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Tati pronta para ganhar o mundial inédito para o surfe feminino do Brasil

Tatiana Weston-Webb - Cait Miers/WSL
Tatiana Weston-Webb Imagem: Cait Miers/WSL

Colunista do UOL

02/09/2021 21h59

Resumo da notícia

  • Tatiana Weston-Webb vai representar o país nas finais femininas do mundial
  • Se vencer, ela entra para a história como a primeira brasileira a conquistar o título
  • Competição acontece em Trestles, na Califórnia, a partir do próximo dia 9
  • As 5 melhores da temporada irão competir em um único dia de baterias
  • Carissa Moore (HAW), Stephanie Gilmore (AUS), Sally Fitzgibbons (AUS) e Johanne Defay (FRA), serão as adversárias na decisão

Duas finais em 2021. Uma vitória inesquecível nas pesadas ondas de Margaret River, na Austrália.

Resultado: 2ª colocação na classificação geral da temporada regular.

Posição que a colocou no WSL Finals, evento especial que vai definir os campeões da temporada.

Tatiana Weston-Webb pode se tornar a primeira brasileira a levantar o troféu mais importante do surfe mundial, e assim escrever um novo capítulo para o esporte das ondas.

Tati já está na Califórnia, treinando nas direitas e esquerdas de Trestles, palco da decisão.

De lá, em um bate-papo exclusivo com Mauricio Ferreira - meu parceiro na página @surf360_ - a craque de 25 anos - mais jovem entre as 5 finalistas - disse que está contando as horas para chegar o dia 9.

Como está a expectativa para a disputa decisiva?

Estou ansiosa, porque é um novo formato e qualquer pessoa no dia pode ganhar o título. Mas estou animada e me sentindo super bem. Não vejo a hora de competir.

Como você tem lidado com essa responsabilidade de ser a primeira brasileira campeã mundial?

Não gosto de colocar muita pressão em mim mesma, gosto de aproveitar o momento e me concentrar... focar no meu surfe. Vou assim pro dia, concentrada 100%... fazer tudo que puder pra ganhar.

Tatiana Weston-Webb - WSL - WSL
Tatiana Weston-Webb compete no México
Imagem: WSL

Entre as finalistas tem atletas mais experientes, como a australiana Stephanie Gilmore e a havaiana Carissa Moore, e jovens como você e a francesa Johanne Defay. Isso mostra o equilíbrio da chave feminina, muita mais do que no masculino?

É sim, mais equilibrado, porque entre eles tem o Morgan Cibilic (AUS), que é um estreante, e o Conner Coffin (EUA), que ninguém esperava no Top 5. E a gente, eu, a Johanne, a Steph, a Sally Fitzgibbons e a Carissa, estamos sempre lutando esses últimos anos no topo do ranking.

Sobre Trestles... é uma onda em que você se encaixa bem? Ou preferia que a decisão rolasse em algum outro lugar?

Lowers é uma ótima onda e tem oportunidade para todo mundo, esquerdas e direitas e está bem neutro. Todo mundo pode ir bem e isso é muito legal. Uma onda assim, com chance para fazer aéreo, manobras de back e de front, todo tipo de oferta.

Tatiana Weston-Webb - WSL / ED SLOANE - WSL / ED SLOANE
Tatiana Weston-Webb faz manobra durante bateria do Circuito Mundial de Surfe
Imagem: WSL / ED SLOANE

Sobre o formato das finais... as 5ª, 4ª e 3ª colocadas podem chegar mais embaladas na semifinal pelo ritmo das disputas... e você e a Carissa (1ª colocada no geral) estão mais perto do título por ter que vencer menos baterias. Existem esses dois lados da disputa?

Com certeza, é preciso pensar em todos os cenários. Pra mim, é ótimo entrar com o 2º lugar, vou ter a chance de surfar uma vez antes de enfrentar a Carissa e eu acho que vai me dar uma vantagem gigante.

Pra encerrar, tem algum palpite para o título masculino?

Temos Filipe, Italo e Gabriel entre os 5, isso já fala tudo, o Brasil está dominando e vai ser bem legal de ver. Gosto muito dos 3, mas Italo e Gabriel já tem titulo e queria ver o Filipe com título também.