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Americanos dominam o US Open; Griffin Colapinto vence no masculino

Caitlin Simmers e Griffin Colapinto, campeões do US Open of Surfing - WSL
Caitlin Simmers e Griffin Colapinto, campeões do US Open of Surfing Imagem: WSL

Colunista do UOL

26/09/2021 22h33

A festa do primeiro evento do Challenger Series ficou 100% em casa.

Só deu Estados Unidos no 'US Open of Surfing', na famosa Huntington Beach, Califórna. E os americanos largaram na frente na corrida que vai classificar 12 homens e 6 mulheres para a divisão principal da World Surf League.

Tá certo que na chave masculina, o campeão já faz parte da elite e não vai precisar do circuito de acesso para disputar o Championship Tour em 2022.

Griffin Colapinto já é há algumas temporadas, um dos meninos dos olhos, uma das esperanças de devolver o título mundial ao país. Os Estados Unidos - tirando o Havaí - não vencem a competição desde o 11º troféu de Kelly Slater, em 2011. Nos últimos 30 anos, além do maior de todos, só CJ Hobgood conquistou o caneco em 2001, e isso porque o tour foi paralisado na metade por causa dos ataques terroristas em Nova York.

Griffin Colapinto - WSL - WSL
Griffin Colapinto voa no último dia do US Open of Surfing
Imagem: WSL

Griffin é o número 6 da WSL e quase fez parte das finais desta temporada. Mas por enquanto, não venceu na elite.

Por isso, a comemoração foi enorme neste domingo. Depois de eliminar o japonês Kanoa Igarashi na semifinal, o mais experiente dos irmãos Colapinto venceu o duelo caseiro na decisão.

Com duas notas acima dos 7 pontos, não deu chances para Jake Marshall, um dos novatos que mostraram que é possível sonhar com a vaga entre os melhores do planeta.

Como Griffin já está classificado para o próximo CT e não vai precisar da divisão de acesso, na verdade, Jake iniciou na frente o Challenger Series - que só tem 4 etapas.

O time brasileiro, acostumadíssimo a fazer parte do pódio, desta vez teve que só assistir as finais.

Único presente no último dia, Lucas Silveira parou nas quartas de final, eliminado numa bateria apertadíssima diante de Kanoa Igarashi. Lucas fez a nota mais alta, um 8, e caiu por apenas 0,27.

Lucas Silveira - WSL - WSL
Lucas Silveira terminou o US Open na 5ª posição
Imagem: WSL

"Eu venho aqui desde 2015 e nunca tinha passado do round 2, mas eu sabia que eu poderia ir bem se conseguisse pegar as ondas certas. A expectativa não era tão grande, mas tirei um peso dos ombros, consegui soltar mais meu surfe nas últimas baterias. O Kanoa é um dos melhores surfistas do mundo, medalhista olímpico, então foi bom fazer uma bateria bem disputada com ele. Estou muito feliz por ter começado bem esse Challenger Series. São só quatro eventos e já tenho um resultado sólido, então semana que vem já começa em Portugal e vamos pra cima".

Lucas Silveira ganhou 5 mil pontos, para somar com os 750 do seu melhor resultado no WSL Qualifying Series de 2020. Ele começa em 13º lugar no ranking Mas, é o nono dessa lista, porque 5 tops já garantidos na elite estão à sua frente. Além de Colapinto, Leonardo Fioravanti (3º), Kanoa Igarashi (5º), Ethan Ewing (11º) e Jack Robinson (13º). Além de Lucas, o outro único sul-americano no G-12 é o peruano Alonso Correa.

Cailtin Simmers - WSL - WSL
Caitlin Simmers manobra durante as finais em Huntington Beach
Imagem: WSL

Se a vitória americana foi de um "veterano", no feminino, melhor para uma nova jóia americana.

Caitlin Simmers, de 15 anos, venceu a final contra a havaiana Gabriel Bryan, de 19.

As duas "adolescentes" deixaram pra trás as experientes Coco Ho e Courtney Conlogue nas semifinais.

Com o vice em Huntington Beach, Bryan lidera o CS 2021.

Próxima parada para homens e mulheres será em Portugal, com o 'MEO Vissla Pro Ericeira', na praia de Ribeira D'Ilhas.

Não dá tempo nem de digerir os resultados da Califa.

As disputas nas ondas portuguesas começam no dia 2 de outubro.