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Resultado na França complica brasileiros na disputa por vagas no CT 2022
Parecia que a etapa de Hossegor iria terminar com festa em verde e amarelo. Afinal, 7 dos 16 classificados para as oitavas de final do 'Quiksilver Pro France' eram brasileiros. E depois de dois eventos (Estados Unidos e Portugal) sem um surfista do nosso time no pódio, tinha chegado a hora de subirmos no lugar mais alto.
Mas não deu.
A jornada para ser campeão do 3º dos 4 campeonatos do 'Challenger Series' - circuito que vai classificar 12 atletas para a divisão de elite da World Surf League em 2022 - seria longa, com disputas das oitavas, quartas, semi e final no mesmo dia.
Mas o que mais vimos no sábado? Derrotas.
6 brazucas eliminados nas oitavas. E o único que seguiu vivo, Mateus Herdy, deixou o compatriota Lucas Silveira pelo caminho.
Alex Ribeiro parou no local Maxime Huscenot.
No confronto sul-americano, o peruano Lucca Mesinas tirou Jessé Mendes.
Edgard Groggia repetiu as boas atuações das fases anteriores, mas não conseguiu vencer o japonês Kanoa Igarashi.
Em duelo direto por vagas entre os melhores da classificação geral, João 'Chumbinho' Chianca perdeu para o costa-riquenho Carlos Munoz.
E no embate experiência versus juventude, deu Michel Bourez sobre Samuel Pupo.
Se o cenário era de supremacia brasileira... nas quartas, tudo ficou igual, com um surfista de cada país.
O australiano Connor O'Leary acabou com a esperança da torcida local e despachou Maxime Hscenot.
Kanoa Igarashi fez seu surfe de sempre para despachar Lucca Mesinas.
Tops da elite, Frederico Morais e Michel Bourez fizeram duelo apertado. Melhor para o taitiano sobre o português.
E com o placar de 13,73 a 2,30, Herdy amassou Muñoz.
Estavam escritas as semifinais. Dos 4 classificados, 3 fazem ou fizeram parte do CT, provando que a classificação para a elite ficou bem mais complicada com o novo formato da WSL.
Na primeira bateria, Kanoa era o favorito. Mas O'Leary, mais faminto, avançou, com direito a uma nota 8,43.
Em seguida, Bourez, algoz das revelações brasileiras, pegou as melhores, viu Herdy não se encontrar pela primeira vez, e encerrou a participação brasileira em Hossegor.
Existe uma magia - pro bem e pro mal - no novo formato do acesso.
São só 4 etapas. Vacilou aqui e ali... pronto, acabaram as chances.
Mas a presença na final e o título, transformam pesadelo em grande possibilidade.
Connor O'Leary chegou na França era o número 100 do ranking. Michel Bourez estava no 108º lugar.
Quando saíram da água, haviam escalado a classificação de forma absurda.
O'Leary venceu por 12,76 a 10,73... e agora é o 6º no geral. Um pulo de 94 de posições.
Vice, Michel ganhou 89 degraus, e entrou na briga.
Ou seja, se a nossa galera tivesse avançado, estaríamos com certeza com vários nomes na bolha dos 12 classificados.
João Chumbinho é o que melhor aparece, empatado em sexto.
Mateus Herdy ganhou 49 postos e ocupa o 17º posto,exatamente entre Samuel Pupo e Lucas Silveira. Thiago Camarão (28º), Alejo Muniz (29º), Alex Ribeiro (32º), Edgard Groggia (33º) e Jessé Mendes (40º) estão mais abaixo.
A liderança após 3 etapas é de Kanoa Igarashi, que aliás nem precisa deste posto, já que está garantido no CT como o 8º melhor da temporada 2021.
E vale reforçar: a decisão acontece no Havaí, onde o bicho pega de um jeito diferente. Haleiwa será o palco.
Na chave feminina, a campeã em Hossegor também assumiu a ponta da classificação geral.
A csta-riquenha Brisa Hennessy não deu chances pra ninguém. Na decisão, bateu a australiana India Robinson, e com os 10 mil pontos nas mãos, praticamente garantiu sua reclassificação entre as melhores do mundo em 2022.
Para as mulheres só são 6 vagas no ano que vem. Além de Brisa e India, Gabriela Bryan (HAW), Caitlin Simmers (EUA), Sawyer Lindblad (EUA) e Vahine Fierro (FRA) saem da França dentro da lista. A havaiana Luana Silva, campeã da etapa de Portugal, caiu para o 7º lugar.
As chances das brasileiras são pequenas. Silvana Lima está em 33º lugar, duas posições acima da jovem Summer Macedo.
por @thiago_blum / @surf360_
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