Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Brasil deverá ter menos representantes na elite mundial em 2022
Quando se fala em favoritismo ao título, o Brasil é o primeiro país a ser citado.
Não é pra menos. Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo têm dominado as competições, e não por acaso terminaram a atual temporada nas primeiras posições do ranking.
Mas se o assunto passa a ser quantidade, depois de muito tempo, existe a chance de perdermos espaço no 'Championship Tour', a principal divisão da World Surf League.
Nos últimos anos, o time verde e amarelo foi o maior no tour, superando de longe australianos, americanos e havaianos.
Em 2021, 11 dos 34 classificados eram brasileiros. Número que provavelmente vai diminuir em 2022.
Destes 11, 7 garantiram a reclassificação direta. Além do trio do topo, Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo fecharam o ano na bolha dos melhores.
Adriano de Souza também estaria dentro, mas Mineirinho se aposentou das competições.
Alex Ribeiro, Caio Ibelli e Peterson Crisanto precisara então, buscar a vaga no 'Challenger Series', circuito de 4 etapas, que a WSL estreou no novo formato de acesso à elite.
Mesma situação de outros caras que já viveram bons momentos entre os melhores do planeta, casos de Jessé Mendes, Willian Cardoso, Alejo Muniz, Michael Rodrigues, Wiggolly Dantas e Ian Gouveia.
Mas...a disputa por vagas no CS é de tiro curto e muito equilibrada. Junto de toda essa turma, outros atletas experientes de olho no retorno... além de muita gente jovem com apetite para alcançar o sonho.
Gosto do formato... qualifica o grupo vai disputar o título no ano seguinte.
Mas uma coisa, não gosto e reprovo na ideia. Surfistas já garantidos no 'Dream Tour' não deveriam poder participar. A presença deles eleva o nível dos eventos, sim, mas, ao mesmo tempo, interfere diretamente na corrida por vagas. OK que não vão ocupar espaço no ranking final, mas impõem derrotas que podem interromper a busca de quem vem de baixo.
No US Open de Huntington Beach, por exemplo, o americano Griffin Colapinto foi o campeão. Realizou o sonho de vencer um campeonato tão tradicional, ganhou uma ótima premiação, mas em termos de objetivo direto do circuito, o resultado não representou nada.
O japonês Kanoa Igarashi marcou presença nas etapas dos Estados Unidos, Portugal e França. Fez semifinal em duas e vai chegar na última prova como líder do CS.
De qualquer forma, a turma já classificada é minoria.
Entre os homens, os 12 primeiros vão subir. No momento, Só Igarashi e Colapinto estão na lista.
E apenas um atleta já confirmou a vaga, o havaiano Ezekiel Lau, campeão do torneio realizado em Ericeira, Portugal.
Para nosso time, preocupação.
Em 8º no geral, João 'Chumbinho' Chianca é o único que vai chegar no Havaí dentro do grupo de corte. Mesmo assim, vai ter que fazer um resultado, já que o sobe e desce da classificação muda bastante.
Samuel Pupo (16º), Mateus Herdy (17º), Lucas Silveira (18º), Thiago Camarão (28º), Alejo Muniz (29º), Alex Ribeiro (32º), Edgard Groggia (34º) e Jessé Mendes (40º) estão mais atrás, com chances, é claro.
Só que a decisão será no Havaí, onde normalmente as batalhas são mais ferozes ainda.
Todo mundo quer ganhar uma competição no arquipélago mais famoso. E no 'Haleiwa Challenger' não vai ser diferente.
E por mais que só dê Brasil por lá... e isso é possível sim... neste atual cenário é difícil acreditar que ficaremos com várias posições entre os 12.
Torcida não vai faltar. Talento da galera, também não.
Veremos!!
por @thiago_blum / @surf360_
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