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Acabou o imbróglio? 'Era Adalvo' no comando da CBSurf está chegando ao fim!
Diante da rejeição de uma legião de atletas, ex-atletas e nomes de peso ligadas ao surfe.
E apoiado no resultado de uma reeleição não reconhecida. É assim que o baiano Adalvo Argolo se mantém (ou se considera) como homem forte do esporte no país.
O futuro da Confederação Brasileira de Surf segue incerto. Em um imbróglio que se arrasta há vários meses, com vários capítulos, principalmente na justiça.
Que a gestão de Adalvo desagrada a maioria, não é segredo pra ninguém. Como também não é novidade, que ele tem feito tudo, tudo mesmo, para seguir à frente da entidade.
E aqui duas semanas, se completa um ano do polêmico pleito que o teria reelegido.
Vamos aos fatos.
No último 5 de novembro, o Dr. Joanisio de Matos Dantas Junior anulou definitivamente a eleição do dia 30 de dezembro de 2020.
Ao proferir esta sentença, o Juiz da 5º Vara Civil e Comercial de Salvador imputa vacância no cargo de presidente da CBSurf, a sentença torna definitivo e irreversível o entendimento que os processos eleitorais realizados foram fraudulentos e que a atual gestão da CBSurf ocupa ilegalmente sua presidência e diretoria.
A partir deste momento, Adalvo Argolo não deveria seguir no comando da entidade, já que seu terceiro mandato havia vencido no último dia do ano passado. Deveria... mas continuou se comportando como tal.
Como nada mudou, no dia 29 de novembro,treze das quinze Federações existentes no Brasil e mais cinco representantes de Atletas, fizeram uma Assembleia para debater a situação da CBSurf.
Nela, decidiram que Adalvo Argolo não reúne as condições mínimas para ficar à frente de uma entidade que representa milhares de atletas. Dos dezoito participantes, dezesseis votaram pelo afastamento definitivo.
Derrotado sim, mas sem desistir. Ele entrou com uma liminar na justiça de São Paulo, solicitando ao Juízo que não fosse permitido o registro da ATA da Assembleia que o destituía, alegando ter sido eleito democraticamente.
E que existia um documento registrado de sua vitória, omitindo todas as decisões judiciais anteriores que foram proferidas pela justiça da Bahia, decisões que lhe imputaram inúmeras derrotas em todas as instancias.
Ao receber a peça, a Drª Andrea de Abreu e Braga - Juíza da 10º Vara Civil de São Paulo - suspendeu a tentativa de registro da ATA que destituía Adalvo Argolo.
Dias depois de proferir a liminar suspensiva, a Juíza invocou o pronunciamento da outra parte interessada, as Federações, e recebeu uma peça formulada pelos advogados da oposição. Nela, foram anexadas todas as decisões proferidas pela justiça da Bahia, que demonstram derrotas ao atual presidente.
Ao tomar conhecimento, a juíza de São Paulo voltou atrás cancelou a suspensão do registro da ATA.
"Vistos a má fé da autora resta evidente e causa espanto ao Juízo, mesmo após mais de vinte anos de judicatura. A Requerente ingressou com a presente ação, distorcendo os fatos antecedentes e omitindo as decisões judiciais que deixam dúvida, inclusive, sobre a representatividade da requerente. Com isso, revogo a liminar outrora concedida. Aguarda-se a defesa. Intime-se. São Paulo 17 de dezembro de 2021".
Até este domingo, acontece em Itacaré, litoral sul da Bahia, o campeonato da CBSurf que vai definir os rankings nacionais de 2021. Segundo o colunista Marcos Aurélio Chagas, do Vision Surf, Adalvo circula em toda a área do evento dizendo aos atletas que é vítima e está perseguido por perdedores que querem tomar o poder na CBSurf a qualquer custo.
Os opositores já sabem qual será o próximo passo para mudar o comando de mãos: fazer o registro da ATA que destitui Adalvo Argolo.
Isso deve acontecer na próxima segunda-feira.
Com a ATA registrada ele não poderá mais assinar o talão de cheque da entidade, administrar o processo eleitoral, administrar o site, se apresentar no COB como presidente, e todas as outras funções que cabem ao presidente da entidade.
A prerrogativa passaria para o Dr. João Paulo, advogado escolhido pelas Federações como interventor.
Ao que parece, 2022 vai começar como novos ares no cenário nacional das ondas.
por @thiago_blum / @surf360_
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