Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Medina pode ser tetra mesmo sem o Havaí, mas será que ele volta este ano?
Gabriel Medina é talento puro. A parte física nunca o deixou na mão. Mas a cabeça faz o conjunto trabalhar em harmonia... e é preciso cuidá-la.
Ao anunciar que vai ficar fora do início da nova temporada da World Surf League para cuidar do corpo e da mente, o tricampeão mundial sabe que pode estar abrindo mão da chance de alcançar mais um título mundial. Mas sabe também, que mesmo sem ir ao Havaí, onde acontecem as duas primeiras etapas (Pipeline e Sunset), e talvez deixar de competir também na 3ª, em Portugal, pode, sim, estar entre os 5 melhores do ano que disputam o WSL Finals em setembro.
Nesta temporada, a liga anunciou novidades.
O Circuito será dividido em duas partes. Havaí, Portugal e Austrália fazem parte da primeira perna, e após o 5º evento, marcado para Margaret River no final de abril, haverá um corte no ranking. A partir daí, só os 24 melhores entre os 36 competidores seguirão no Championship Tour, com chances de título. Por isso, é importante participar da primeira metade do calendário.
Mas não necessariamente para Gabriel. Ele é gênio. Diferenciado e bem acima da média da maioria, e pode, sim, se garantir entre os classificados participando apenas das duas provas previstas para a Austrália.
Se é que ele vai optar em ir para lá.
O que eu penso? NÃO!!!
Acredito que essa decisão de se cuidar não vem de hoje. Foi pensada, bem pensada... e a decisão de tirar o ano todo sabático não seria uma surpresa.
Em setembro passado, um dia após ele levantar o tri em Trestles, conversei com Medina em uma entrevista aqui para o @surf360_
Algumas respostas chamaram a atenção... quase avisos sobre o que poderia acontecer em 2022.
"Só penso em deixar a poeira baixar para depois avaliar os próximos passos e desafios. Disputar toda a temporada anos após ano é desgastante, uma verdadeira missão."
Ali, parecia que o cara que tinha acabado de alcançar o maior objetivo de infância —ser tricampeão mundial assim como seus ídolos Ayrton Senna e Mick Fanning— já vislumbrava a possibilidade de se tornar pai e formar uma família. Ou empreendedor, sei lá...
Mas a entrevista terminou assim: "A minha cabeça —independente do que decidirem em questão de regra ou formato—, vou fazer o meu melhor, porque amo surfar e competir. Eu sei qual é meu foco, é vencer sempre. Independente do que criarem, se favorece um ou favorece outro, quero pensar positivo e em vencer".
Era o Medina máquina de competição respondendo, ávido por troféus.
Hoje, o camisa 10 do tour da WSL nos mostrou que é preciso descansar a cabeça, dar um tempo para reencontrar o equilíbrio mental.
Quem disse que os grandes campeões não sofrem? Seres invencíveis e sem problemas?
A vida de Gabriel deu uma quinada nos últimos 12 meses. E à distância, parecia que ele não havia se abalado.
Afinal, ele é o melhor surfista do mundo. Quando a sirene toca, ele veste a lycra e se transforma em um leão feroz, faminto pelas vitórias.
É bom a galera do Mundial aproveitar enquanto ele está fora.
Porque, garanto... quando O CARA voltar... quero ver segurar!!!
por @thiago_blum / @surf360_
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