Blum: Ainda bem que Slater vacinou; se for o último ano, que seja completo

Ufa... demorou (até demais)... mas, enfim, saiu a notícia.

Kelly Slater, o maior surfista de todos os tempos... e um dos principais atletas da história, está imunizado contra a Covid-19. Calma... eu sou sim 100% a favor da vacinação! Mas não vou aqui fazer discurso contra os antivax, levantar bandeira, criticar a atitude, debater sobre direito pessoal x risco de vida... ou uma apologia a isso ou aquilo. A ideia é mesmo celebrar... pelo ponto de vista do ídolo... do esporte.

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Nesta sexta-feira, dia que completou 50 anos, o 11x campeão mundial decidiu, do seu jeito é verdade, revelar que se rendeu.

Em uma entrevista, questionado sobre o tema que virou polêmica nos últimos meses, principalmente por declarar apoio a Novak Djokovic quando o tenista sérvio foi proibido de disputar o Australian Open, ele disse: "[Meu status de vacinação] É uma questão importante, e há uma razão pela qual eu não estou falando sobre isso, que é pessoal. Eu acredito que a privacidade médica é uma coisa real. Mas acho que minha resposta de que 'te vejo na Austrália'".

A novidade não poderia ter vindo em melhor hora.

Logo após o cara dar um show e vencer a principal etapa da World Surf League, em Pipeline, pela 8ª vez. Slater volta a liderar o ranking mundial após vários anos, mostrando que ainda tem muito a dar ao surfe.

Penso que acreditar no 12º título é exagero... mas tê-lo por inteiro, naquela que pode ser a última temporada dele nas competições, entra facilmente no rol do nosso privilégio.

Se para ele é difícil dizer adeus às baterias... imaginem como devem ficar os milhares, zilhares, zilhões de fãs.

Sou um deles. Cresci e amadureci acompanhado a ascensão, o auge, a desistência, a reinvenção, todas as conquistas.

E não estou pronto para ficar sem a classe do americano no meu dia a dia de fanático pelas ondas,

Se não se vacinasse, Kelly não poderia entrar e fazer parte dos dois eventos programados para a Austrália, em Bells Beach e Margaret River. Dois picos icônicos, onde ele sempre se dá bem.

Perderia pontos, e ficaria ainda mais distante de uma sonhada vaga entre os top 5 que vão disputar o caneco de 2022.

Não coloco ele entre os principais favoritos, mas sua presença é sempre um diferencial.

Ah quem sonhe com Kelly Slater nos Jogos Olímpicos da França.

Afinal, a disputa das medalhas vai rolar nos perfeitos tubos de Teahupoo, no Tahiti. Se ele gosta de lá?

Ô... e demais. Mas será que o highlander aguenta mais 3 anos em alta performance?

Uma coisa de cada vez, né pessoal.

O primeiro capítulo é curtir o "careca" em cada onda, começando pelo Hurley Pro, em Sunset Beach, que já está rolando em Oahu, no Havaí.

E que as 'breaking news positivas' continuem nos perseguindo.

por @thiago_blum / @surf360_