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Italo Ferreira comanda o time brasileiro no 1º dia da 2ª etapa do mundial
Depois de 4 dias de espera... que na verdade pareceu mais longa do que realmente foi... o swell enfim chegou com tudo na costa de Oahu. E enfim, começou o Hurley Pro - 2ª etapa do calendário 2022 da World Surf League.
Como já havia acontecido em Pipeline, condições desafiadoras. Mas o time brasileiro atacou as poderosas e volumosas direitas de Sunset Beach.
Dos 8 presentes na chave masculina, 6 seguiram direto para a 3ª fase.
E justamente Caio Ibelli e Miguel Pupo, os 2 melhores em Pipe com a 3ª posição, tiveram que enfrentar a perigosa repescagem, fase que elimina os primeiros atletas.
O primeiro a cair na água foi Ibelli. Apesar do comprometimento, o paulista não conseguiu atacar o lip como os adversários e ficou atrás do japonês Kanoa Igarashi e do peruano Lucca Mesinas.
A resposta veio com Jadson André. O potiguar manobrou forte de backside, não deu chances a Conner Coffin (EUA) e Jprdan Lawler (AUS), e venceu sua disputa.
Na bateria seguinte, mais um goofy (quem surfa com o pé direito na frente da prancha) em ação. Vez do campeão mundial de 2019 e medalha de ouro na Olimpíada de Tóquio no ano passado.
Italo Ferreira iniciou a temporada com um resultado abaixo do que esperava, apenas 9º lugar em Pipeline.
Hoje, elétrico como sempre, o 'brabo' mostrou força e categoria nas manobras de backside (de costas para a onda).
Liderou quase todo o duelo com dois super conhecedores de Sunset,. Terminou atrás de Ezekiel Lau, mas mandou o big rider Billy Kemper para a fase de eliminação.
Filipe Toledo e João Chumbinho iriam estrear contra o local Kay Lenny, um dos convidados do evento. Mas o havaiano passou mal, não competiu, e como os 2 melhores se classificavam, a dupla brasileira avançou direto para o round of 32 sem precisar se molhar.
Heat 7, com Samuel Pupo no line-up, o outro representante do time verde e amarelo que disputa o Championship Tour pela 1ª vez. Numa disputa muito apertada, Samuca passou em segundo, atrás do também rookie Imaikalani deVault, que chegou a marcar uma nota 8,93, a maior do dia.
Deivid Silva também passou direto para o round 3 após uma bateria acirrada. Ficou pouco mais de 1 ponto atrás do estreante australiano Jackson Baker... mas escapou da repescagem somando apenas 0,90 a mais que o sempre perigoso Griffin Colapinto.
Semifinalista nos tubos de Pipeline, Miguel Pupo fechou a participação dos brazucas no round 1. Durante a semana, MP já havia afirmado que Sunset é uma das ondas onde ele menos treina no arquipélago.
Fez um bom trabalho, mas ficou atrás de Jake Marshall (EUA) e Jack Robinson (AUS).
Na eliminatória, Caio e Miggs caíram na última heat do dia. Aí, só Ibelli avançou. Seth Moniz passou em segundo e deixou Miguel em 33º, fora do evento precocemente.
No total, 7 classificados entre os 32 que seguem na prova.
Entre os gringos, o destaque negativo, acredite, foi Kelly Slater.
Depois de vários anos, o G.O.A.T (Greatest of All Time) voltou a vestir a lycra amarela de líder do ranking.
Só que, como tem acontecido nas últimas 3 décadas, o desempenho do 'maior de todos' em Sunset não é o mesmo de outros picos.
É um dos poucos lugares do tour onde jamais venceu. Na sua bateria de estreia, Kelly ficou atrás do havaiano Barron Mamiya e do jovem australiano Callum Robson.
Com um raríssimo 3º lugar, o octacampeão de Pipeline e 11x campeão mundial, teve que encarar a fase de eliminação.
E aí na repescagem, mais uma vez o Careca sofreu um pouquinho. Passou em 2º... e olha que precisou ouvir na areia a última nota de Koa Smith para ter certeza de que não se despediria logo no primeiro dia.
Já John John Florence, não deu brecha para a zebra. O craque havaiano não fez uma atuação das mais brilhantes, mas a performance do bicampeão mundial foi suficiente para bater os australianos Owen Wright e Ethan Ewing.
JJF deve esquentar aos poucos e segue como um dos principais favoritos ao título do evento.
De olho em mais um caneco por lá - mas desta vez valendo pela principal divisão da WSL, o veterano Jordy Smith também começou firme.
O sul-africano fez uma nota 8, uma das melhores da terça-feira, e assim como John John, se classificou vencendo.
Confira como ficaram os confrontos do mata-mata:
heat 1: Conner Coffin (EUA) x Caio Ibelli
heat 2: Kolohe Andino (EUA) x Lucca Mesinas (PER)
heat 3: Jordy Smith (AFS) x Jackson Baker (AUS)
heat 4: Leonardo Fioravanti (ITA) x Ezekiel Lau (HAW)
heat 5: Italo Ferreira x Barron Mamiya (HAW)
heat 6: Deivid Silva x Ryan Callinan (AUS)
heat 7: Morgan Cibilic (AUS) x Nat Young (EUA)
heat 8: Seth Moniz (HAW) x João Chumbinho
heat 9: Filipe Toledo x Billy Kemper (HAW)
heat 10: Ethan Ewing (AUS) x Samuel Pupo
heat 11: Griffin Colapinto (EUA) x Connor O'Leary (AUS)
heat 12: John John Florence (HAW) x Jake Marshall (EUA)
heat 13: Kelly Slater (EUA) x Matthew McGillivray (AFS)
heat 14: Jack Robinson (AUS) x Callum Robson (AUS)
heat 15: Frederico Morais (POR) x Jadson André
heat 16: Kanoa Igarashi (JPN) x Imaikalani deVault (HAW)
A competição feminina ainda não deu a largada. Tatiana Weston-Webb é a única brasileira na chave.
Ela estreia na bateria de número 2 do round de abertura, contra a havaiana Malia Manuel e a australiana Bronte Macaulay.
***atualizado às 23:40***
por @thiago_blum / @surf360_
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