Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Adversário e rival sim, inimigo jamais; não há espaço para ódio no esporte
Campos, quadras, pistas, mares. Onde existe competição, existe duelo.
Um vencedor e um perdedor. Assim é o esporte.
Em tempos de clima bélico e risco de uma nova guerra, é em demonstrações dadas por ele, que me apego para encontrar forças e acreditar que é preciso erguer a cabeça e enfrentar todos os males... pessoais, familiares, relacionamentos profissionais ... e questões mundiais.
Nos últimos dias, vários exemplos. Até o futebol deu sinais de que é possível rivalizar ao extremo sem ultrapassar a linha que divide a linha 'adversário versus inimigo'.
Atlético/MG e Flamengo fizeram uma batalha intensa e emocionante pelo troféu da Supercopa.
Um confronto que teve um pouco de tudo fora de campo, com dirigentes de olho apenas em seus interesses e vantagens.
Mas no gramado valeu a luta... e acima de tudo, RESPEITO ABSOLUTO entre técnicos e jogadores.
É assim que queremos ver o nosso chamado "melhor futebol do mundo".
A competição coletiva mais visada, rentável e admirada pode sim... e ainda tem muito o que aprender com os esportes individuais.
Você já viu, por exemplo, Rafael Nadal e Roger Federer trocar farpas, se ofender ou agredir? E olha que durante duas décadas, a dupla praticamente "se matou" por títulos e domínio do tênis.
Para falar um do outro, sempre demonstrações de admiração e até idolatria.
No surfe, acontece o mesmo.
A foto acima que abre esse texto exemplifica.
O jovem havaiano Seth Moniz, que tinha acabado de ser derrotado na decisão de Pipeline— a primeira final dele na ainda curta passagem pela elite da World Surf League— abraçado no maior de todos.
Ao invés da tristeza, comemorou e acolheu o ídolo máximo Kelly Slater, campeão pela 8ª vez por lá, que prestes a completar 50 anos, chorou ainda dentro d'água.
Reação semelhante à do vice-campeão do ano passado Filipe Toledo, quando foi derrotado por Gabriel Medina nas finais da WSL em Trestles, na Califórnia, e viu o camisa 10 levantar o tricampeonato mundial.
O próprio Medina —que muitos dizem que não sabe perder— foi grande após um duro revés.
Perdeu semifinal e decisão de 3º lugar em Tsurigazaki durante a Olimpíada, mas fez questão de parabenizar e posar ao lado de Italo Ferreira, quando o rival (e jamais inimigo) faturar a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio.
Pra fechar, a melhor das imagens recentes.
Enquanto o mundo assiste apreensivo uma possível invasão da Rússia na Ucrânia, atletas dos dois países deram uma lição de vida e amor.
Foi no começo do mês, durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim.
A crise política foi totalmente ignorada pelo ucraniano Oleksandr Abramenko, e o russo Ilia Burov, durante o pódio do esqui estilo livre.
Oleksandr ficou com a medalha de prata e Burov, com o bronze.
A resposta? Abraço e sorriso, para mostrar que a tensão nas fronteiras não é levada à risca no esporte.
É disso que estou falando: bons exemplos.
E viva o esporte!
por @thiago_blum / @surf360_
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