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Por enquanto, guerra na Ucrânia não vai alterar planos e calendário da WSL

Tanque de guerra e bandeira da Ucrânia - Tanque de guerra e bandeira da Ucrânia
Tanque de guerra e bandeira da Ucrânia Imagem: Tanque de guerra e bandeira da Ucrânia

Colunista do UOL

27/02/2022 12h22

Enquanto o mundo acompanha a destruição causada pelas tropas da Rússia na Ucrânia, os melhores surfistas do mundo se preparam para o 'MEO Pro Portugal', 3ª das 10 etapas do calendário 2022 da World Surf League.

A guerra é no Leste Europeu, a mais de 4 mil de distância das areias de Peniche. Geograficamente não há riscos, mas é impossível ficar alheio ao que acontece do ouro lado do continente.

Não há surfistas russos e ucranianos no circuito mundial... nem de países vizinhos como a Polônia, Hungria, Turquia e República Tcheca.

Ucrânia - ISA - ISA
Ucrânia faz parte da International Surfing Association (ISA) desde o ano passado
Imagem: ISA

Mas no ano passado, durante o 'World Surfing Games' realizado em El Salvador, a Ucrânia se tornou a 109ª federação filiada à International Surfing Association (ISA).

Anastasiia Temirbek (feminino), Iaroslav Dombrovskyi (masculino) representaram a nação. Vasiliy Kordysh presidente da federação disse que a histórica participação iria "efetuar imediatamente o desenvolvimento do surfe no nosso".

Pensar só nesta "mini-bolha" seria um ato pequeno demais, diante das graves consequencias que estão por vir.

A Europa é um destino tradicional e obrigatório das provas da WSL.

E ao menos por enquanto, a liga não se pronunciou sobre possíveis mudanças no tour.

Austrália, Indonésia, El Salvador, Saquarema, África do Sul, Tahiti e Califórnia completam a lista de locais que vão receber eventos.

O calendário aliás, confirmado no mês passado, ainda pode sofrer alteração por questões pandêmicas, algo que neste momento é considerado pouco provável.

Italo - PEDRO NUNES - PEDRO NUNES
Ítalo Ferreira durante etapa do Mundial de Surfe em Peniche, Portugal
Imagem: PEDRO NUNES

A primeira parada da turma da elite com esse cenário bélico internacional, começa na quinta-feira.

E se em 2021, 75% (6 de 8) dos campeonatos masculinos foram dominados e vencidos pelos brasileiros, o time verde e amarelo vai atrás do primeiro título na nova temporada. Liderados pelo cara que conhece muito bem as ondas de Supertubos.

talo Ferreira foi bicampeão em Peniche (2018 e 2019). É o local ideal para ele buscar a recuperação no ranking, após dois resultados nada bons em Pipeline e Sunset, no Havaí.

Mesma situação de Filipe Toledo, que ainda não passou das oitavas de final. Filipinho também já foi campeão por lá (2015), numa final 100% brasileira contra Italo.

ibelli - WSL - WSL
Com grande atuação, Caio Ibelli chegou em duas semifinais no Havaí
Imagem: WSL

Quem também vive grande expectativa é Caio Ibelli. Não é pra menos.

Suplente nas duas provas de abertura, o paulista arrebentou... chegou nas semifinais em ambos e inicia a 3ª etapa na 4ª posição da classificação geral.

Os irmãos Miguel e Samuel Pupo, Jadson André, Deivid Silva e João Chumbinho completam a galera.

No feminino, pressão em Tatiana Weston-Webb.

Tati - WSL - WSL
Tatiana Weston-Webb
Imagem: WSL

Nossa única representante da chave das mulheres é a atual vice-campeã mundial... mas não começou o ano como está acostumada.

Dois nonos lugares... bem distante do pódio, que a deixaram na 14ª colocação do ranking, no total de 20 competidoras.

Ou seja, a hora para Tati... é agora.

Vale lembrar: depois de Portugal, o 'circo' do surfe segue para dois torneios na Austrália (Bells Beach e Margaret River). Depois disso, haverá um corte... e só as 12 melhores seguem na divisão principal de olho no WSL Finals. Para os homens, 24 dos 34 na tabela irão se manter na elite.

Em temporadas anteriores, Portugal estava no final da temporada e normalmente definia os rumos dos campeões. Agora, a passagem pela Europa encaminha os nomes que vão manter a ilusão e o sonho de seguir da trilha dos troféus.

Com um ingrediente ainda mais interessante. Dois rostos poucos conhecidos vão vestir a lycra amarela de líderes: a costa-riquenha Brisa Hennessy e o jovem havaiano Barron Mamiya.

Barron - WSL - WSL
Barron Mamiya (HAW)
Imagem: WSL

Confira os duelos do 1º round masculino

heat 1: Jordy Smith (AFS) x Jake Marshall (EUA) x Jackson Baker (AUS)

heat 2: Kelly Slater (EUA) x Samuel Pupo x Imaikalani deVault (HAW)

heat 3: Seth Moniz (HAW) x Lucca Mesinas (PER) x Owen Wright (AUS)

heat 4: Italo Ferreira x Jadson André x Vasco Ribeiro (POR)

heat 5: Filipe Toledo x Connor O'Leary (AUS) x Justin Becret (FRA)

heat 6: Kanoa Igarashi (JPN) x Callum Robson (AUS) x Afonso Antunes (POR)

heat 7: Conner Coffin (EUA) x Frederico Morais (POR) x Caio Ibelli

heat 8: John John Florence (HAW) x Ezekiel Lau (HAW) x Matthew McGillivray (AFS)

heat 9: Ethan Ewing (AUS) x Deivid Silva x Barron Mamiya (HAW)

heat 10: Jack Robinson (AUS) x Leonardo Fioravanti (ITA) x João Chumbinho

heat 11: Morgan Cibilic (AUS) x Miguel Pupo x Ryan Callinan (AUS)

heat 12: Griffin Colapinto (EUA) x Kolohe Andino (EUA) x Nat Young (EUA)

brisa - WSL - WSL
Brisa Henessy, campeã do Hurley Pro Sunset Beach
Imagem: WSL

Baterias da 1ª fase feminina:

heat 1: Johanne Defay (FRA) x Bettylou Sakura Johnson (HAW) x Courtney Conlogue (EUA)

heat 2: Brisa Hennessy (CRC) x Isabella Nichols (AUS) x Bronte Macaulay (AUS)

heat 3: Carissa Moore (HAW) x Stephanie Gilmore (AUS) x Tia Blanco (EUA)

heat 4: Tatiana Weston-Webb x Molly Picklum (AUS) x Gabriela Bryan (HAW)

heat 5: Malia Manuel (HAW) x Tyler Wright (AUS) x Luana Silva (HAW)

heat 6: Sally Fitzgibbons (AUS) x Lakey Peterson (EUA) x India Robinson (AUS)

por @thiago_blum / @surf360_