Italo, Filipinho e Ibelli; muitos motivos para torcer na etapa de Portugal

Acreditar em boas atuações dos brasileiros quando o assunto é Portugal não é nenhum exagero. Nem apostar "all in" no título.

Em 2022, o Brasil, maior força do circuito mundial da WSL nos últimos anos, ainda não colocou nenhum representante numa decisão. Resultados porém, nada dentro da normalidade.

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Mas agora o tour desembarca na Europa, onde tradicionalmente o time verde e amarelo se sente bem a vontade.

Italo Ferreira vai defender o bicampeonato conquistado nas ondas de Supertubos em 2018 e 2019.

Filipe Toledo também já foi campeão por lá em 2015.

Estatísticas não ganham jogo, mas os números vão além... e não mentem.

Italo tem 7 conquistas no Championship Tour. Portugal é o único lugar onde o 'Brabo' venceu duas vezes.

Lá também, conseguiu uma das 3 notas 10 que tirou na elite, além de marcar 3 dos 4 maiores somatórios da carreira.

E tem mais: foi onde mais disputou baterias até hoje (25)... e mais venceu em 5 anos (19/25).

Pelo que apresentou nos últimos dias, o potiguar está voando.

Existem motivos de sobra também para crer em uma boa campanha de Filipinho.

Primeiro porque, apesar de ficar em 9º nas duas etapas havaianas, tem surfado muito bem. Não foi mais longe em Sunset por pouco.

E normalmente, o potencial dele cresce exponencialmente em ondas de 'beach break' (fundo de areia). E é um dos caras que mais tira nota máxima. Já foram 12 notas 10. Uma delas, na decisão de 2015 em Supertubos, quando bateu justamente Italo Ferreira.

No mesmo ano, FT já tinha somado 19 dos 20 pontos em Peniche, durante a 4ª fase.

Em 7 anos de competições nas águas lusas, foram 25 baterias, com 15 vitórias.

Italo Ferreira e Filipe Toledo estão sempre na lista dos favoritos.

Mas neste 2022 um pouco diferente, eles tem companhia.

Antes da temporada dar a largada, talvez pouca gente se lembrava de colocar Caio Ibelli entre os destaques. Claro... o paulista nem estava classificado para a divisão principal.

Bastou a sirene tocar. Suplente sim... protagonista, também.

Depois de chegar em duas semifinais seguidas e a 4ª posição na classificação geral, Caio aparece como um dos mais escolhidos nos times do Fantasy oficial da WSL.

Com um aditivo extra. Em 2019, também chegou bem perto da decisão. E foi pivô de uma grande polêmica, que ajudou a encaminhar os rumos do título mundial daquele ano.

Foi no confronto diante de Gabriel Medina nas oitavas de final.

GM era o líder do ranking, vencia fácil o duelo... e com um bom resultado, poderia até ser campeão mundial antecipado.

Só que o craque da camisa 10 vacilou, cometeu uma interferência em Caio... perdeu a disputa, reclamou demais e começou a ver o caneca do ano mudar de mãos.

Mas falava do Caio. Aposto muito em mais um bom resultado. O cara tá leve, feliz da vida... motivado.

E essa cabeça feita faz toda a diferença.

O time brasileiro é forte. Forte demais.

Mescla experiência e juventude. Mas tanto os mais velhos, quanto os estreantes, tem muito a mostrar.

Samuel Pupo e João Chumbinho chegaram à elite sem cerimônias. Mostraram no Havaí que o lugar deles é entre os tops.

E aí, vem Portugal. A foto acima comprova: foi na "terrinha" que Samuca comemorou sua maior conquista como profissional, no Prime 10 mil de Ericeira.

Mais um ingrediente, sem dúvida.

Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo completam a turma.

Três goofys poderosos. Quase impossível olhar para os clássicos "vagalhões portugueses" e não imaginar linhas perfeitas vindas destes pés.

Mas... rivais não faltam.

Kelly Slater está faminto e já venceu em 2022. John John Florence ao contrário, tá devendo.

Jordy Smith... Jack Robinson... Kanoa Igarashi... Ethan Ewing. O "circo" tá cheio de craques.

Só que... mesmo com esse "favoritismo" das principais estrelas, é bom ficar atento. Afinal, a temporada começou de "ponta cabeça".

E quem vai vestir a lycra amarela de líder do ranking, acreditem... é Barron Mamiya.

Ok... um rosto nada conhecido.

Mas a competição se ganha dentro da água, equilíbrio parece ser a palavra da vez, e o jovem havaiano provou em Sunset Beach que a turma "de baixo" está pronta para tomar conta do tour.

A terceira parada do calendário começa nesta quinta-feira.

Confira os duelos do 1º round masculino

heat 1: Jordy Smith (AFS) x Jake Marshall (EUA) x Jackson Baker (AUS)

heat 2: Kelly Slater (EUA) x Samuel Pupo x Imaikalani deVault (HAW)

heat 3: Seth Moniz (HAW) x Lucca Mesinas (PER) x Owen Wright (AUS)

heat 4: Italo Ferreira x Jadson André x Vasco Ribeiro (POR)

heat 5: Filipe Toledo x Connor O'Leary (AUS) x Justin Becret (FRA)

heat 6: Kanoa Igarashi (JPN) x Callum Robson (AUS) x Afonso Antunes (POR)

heat 7: Conner Coffin (EUA) x Frederico Morais (POR) x Caio Ibelli

heat 8: John John Florence (HAW) x Ezekiel Lau (HAW) x Matthew McGillivray (AFS)

heat 9: Ethan Ewing (AUS) x Deivid Silva x Barron Mamiya (HAW)

heat 10: Jack Robinson (AUS) x Leonardo Fioravanti (ITA) x João Chumbinho

heat 11: Morgan Cibilic (AUS) x Miguel Pupo x Ryan Callinan (AUS)

heat 12: Griffin Colapinto (EUA) x Kolohe Andino (EUA) x Nat Young (EUA)

Entre as mulheres, 100% da responsa para Tatiana Weston-Webb.

O começo foi ruim para a atual vice-campeã, com duas eliminações nas oitavas de final.

É preciso pontuar, já que está em 14º no geral, em um total de 20 competidoras.

A hora é agora!!! Confio!!!

Baterias da 1ª fase feminina:

heat 1: Johanne Defay (FRA) x Bettylou Sakura Johnson (HAW) x Courtney Conlogue (EUA)

heat 2: Brisa Hennessy (CRC) x Isabella Nichols (AUS) x Bronte Macaulay (AUS)

heat 3: Carissa Moore (HAW) x Stephanie Gilmore (AUS) x Tia Blanco (EUA)

heat 4: Tatiana Weston-Webb x Molly Picklum (AUS) x Gabriela Bryan (HAW)

heat 5: Malia Manuel (HAW) x Tyler Wright (AUS) x Luana Silva (HAW)

heat 6: Sally Fitzgibbons (AUS) x Lakey Peterson (EUA) x India Robinson (AUS)

por @thiago_blum / @surf360_