Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Resiliência vs aposentadoria: as semelhanças entre Kelly Slater e o Skank!!
Depois de dois anos e meio voltei a um show.
De todos os males trazidos pela pandemia, era a última barreira entre as coisas que mais gosto, que me faltava. Recebi um convite de amigos queridos e fui ver o Skank, na tão falada turnê de despedida.
2h15 de espetáculo... e vários pensamentos.
Entre eles, o de não compreender bem como é essa sensação de encerrar uma trajetória de tanto sucesso.
Como um grupo que faz milhares de pessoas se enlouquecer em noites seguidas de casas lotadas durante 30 anos de estrada, chega à conclusão que é hora de parar?
Ao ver Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferretti ao vivo mais uma vez... além de viajar no tempo, tive a certeza de que não foi a última.
Em meio a tantos hits, sem mais nem menos, pensei em Kelly Slater.
Enxerguei semelhanças de sobra com o maior surfista de todos os tempos.
A primeira é a idade.
Os mineiros, o craque e eu... somos da mesma geração. Os 4 juntos ou o 'Careca' sozinho, marcaram a minha vida
Mas não é só isso.
O Skank é uma daquelas bandas... uma turma capaz de controlar e hipnotizar os fãs da hora que sobe até o segundo que deixa o palco.
Foi assim nas últimas 3 décadas.
Exatamente igual a Slater, no caminho da areia... até o toque da sirene no fim de suas baterias.
Lá pelas tantas, depois de dividir o refrão de uma música do álbum 'Calango' , Samuel não resistiu: "Vocês estão fazendo a gente se sentir em 1995".
Pronto. O mesmo que me bateu no mês passado, quando Kelly levantou o troféu em Pipeline pela 8ª vez. Um regresso imediato aos dias que ele ainda tinha cabelo, mas já dominava a onda mais perfeita e temida do planeta.
Então... como se livrar de uma adrenalina dessa? Um dar e receber com tamanha intensidade!
Quando parar?
Pro Skank, a fonte da juventude está na galera.
Não quem compra os álbuns, mas no canto e no suor de jovens... e de quem volta a ser jovem diante das canções.
Pra Kelly Slater, o tesão mora na melhor da série, dropada com atraso, o tubo seco e a saída com a baforada... para delírio que quem vê tudo da areia... ou pela TV.
Resiliência versus aposentadoria.
Dizer sim ao fim deve ser tão complicado e conflituoso como alcançar o topo.
2022 pode ser o derradeiro para eles.
Mais uma do show deste domingo?
"Foram 3 dias lotados... 24 mil pessoas... quem sabe a gente não volta pra São Paulo antes de dizer tchau", profetizou Samuel.
"Vou competir em todas as etapas desta temporada", garantiu Slater após voltar a ser campeão no Havaí a chegar a 56 vitórias no mundial.
Que o ano seja beeeeemmmmmm looooooooongo!
Que tanta energia se propague e nos traga mais sorrisos, prazer e diversão.
Que seja eterno!!!
Viva os ídolos!!!
por @thiago_blum / @surf360_
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