Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
É muito difícil, mas Gabriel Medina ainda pode conquistar o tetra da WSL
Passou rápido demais. Já já a temporada da World Surf League chega à metade. E sem o maior surfista da atualidade.
O tricampeão mundial Gabriel Medina pediu afastamento das competições, ficou fora das etapas do Havaí (Pipeline e Sunset) e Portugal (Peniche)... e como já era previsto, também não vai para a Austrália (Bells Beach e Margaret River).
Aí... em qualquer conversa entre quilhas e pranchas, o assunto passa por uma pergunta obrigatória:
"Ainda dá para Medina disputar o título em 2022?"
A resposta é simples... complicada é a tarefa.
Sim... Medina pode ganhar o 4º título da WSL, mas pra isso terá que ser, mais do que nunca... Medina!
Vamos por partes.
Pela ausência, o camisa 10 brasileiro vai somar pontuação mínima nas 5 primeiras etapas... o que claro, não vai ajudá-lo em nada e o deixa por enquanto em 39º no ranking.
Pelo regulamento, só os 24 melhores seguem para os outros 5 eventos do calendário... e ele estaria fora.
Mas... como se trata de Gabriel Medina, a cúpula da WSL já declarou que está de braços abertos para recebê-lo quando ele decidir retornar.
Então...
Se voltar na largada da 2ª metade na Indonésia... e competir também em El Salvador, Saquarema, África do Sul e Tahiti, GM teria que, literalmente, voar para tirar a diferença em relação aos adversários.
Lembrando que no fim da temporada regular, só os 5 melhores na classificação geral garantem vagas no WSL Finals... as finais que decidem o título.
Em um cenário possível, mas absolutamente improvável, Gabriel poderia somar 50 mil pontos... se vencer TODOS OS CAMPEONATOS. Mas, apesar de precisar de excelência, não seria necessário tudo isso.
Em 2021, na estreia deste formato, o australiano Morgan Cibilic, 5º colocado, ficou bem abaixo com 25.270 pts. Porém, em 7 torneios (com 2 descartes)... e não 10 como em 2022.
Pesa contra, o fato de estar fora de ritmo das baterias, já que a última vez que vestiu a lycra de competição foi em setembro, justamente no dia que levantou o tricampeonato.
Pra dificultar um pouquinho mais, o Mundial começou meio que de cabeça pra baixo. Novos nomes surgiram entre os finalistas e bagunçaram as previsões. Com mais gente brigando, menor a margem de erro.
O talento compensa... e a qualidade e estilo das ondas ajudam.
G-Land, na Indonésia, é a cara dele... assim como Teahupoo, no Tahiti, onde já venceu duas vezes e fez outras decisões.
Em J-Bay, na África do Sul, ele também foi campeão.
El Salvador é novidade. E ainda falta um troféu no Brasil.
O principal é que, a meu ver, o craque, apesar de postar treinando aqui e ali, não parece lá muito instigado para retornar.
As merecidas férias estão sendo muito bem curtidas. Maresias, São Paulo, Rio de Janeiro, Balneário Camboriú, Miami... e por aí vai.
Mesmo sabendo que atleta de alta performance se coça mais que o normal quando fica longe do que ama, já não me surpreenderia se ele abrisse mão de 100% do Championship Tour. Para, aí sim, surgir com força máxima —mental, técnica e física— em 2023, ano que vale classificação para os Jogos Olímpicos de Paris.
Tomara que ele volte. E possa desafiar os próprios limites.
O fato é... se tem alguém que pode levar o caneco diante de todas essas alternativas... esse cara é Gabriel Medina.
por @thiago_blum / @surf360_
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