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Italo, Filipe e os Pupos; Brasil segue na trilha do título na Austrália
A quarta-feira foi clássica em Bells Beach. Ondas perfeitas, cenário ideal para o desfile dos melhores do mundo.
E a 3ª fase da chave masculina do Rip Curl Pro - 4ª etapa da temporada da WSL - foi repleta de grandes história.
Para os brasileiros, 50% saíram felizes... os outros 50? se despediram do evento.
Vamos por partes. Começando por quem segue vivo em busca do sagrado sino... o troféu famoso da mais tradicional prova do circuito mundial.
Filipe Toledo foi o primeiro a se garantir nas oitavas de final. Mas precisou usar todas as suas armas para virar uma disputa acirradíssima dinate do austrliano Mikey Wright, convidado do patrocinador.
Com sua velocidade e rasgadas tradicionais, Filipinho - vice neste pico em 2019 - marcou 15,16 a 14,67.
Na sequencia, o melhor brasileiro na classificação até aqui (4º lugar) terá mais um australiano pela frente, Connor O'Leary.
Único brasileiro campeão nas direitas Bells que está nesta edição, Italo Ferreira foi o último a cair no mar.
Em outro duelo apertado, superou o também local Ryan Callinan, em um duelo de goofys (surfistas que colocam o pé direito na frente da prancha) -14,00 a 13,00.
talo agora, vai fazer um confronto 100% verde e amarelo.
Já que completam o time brasileiro entre os 16 finalistas do evento, a dupla de irmãos Samuel e Miguel Pupo.
Samuca será o adversário do campeão mundial e olímpico. Nesta quarta, despachou o americano Jake Marshall, que assim como ele, é estreante na elite do tour em 2022. Bateria com notas mais baixas, placar final 10,10 a 9,17.
Samuel começou a perna australiana em 18º no ranking... e vai subir.
Miguel, o mano mais velho, foi protagonista da primeira batalha Brasil x Brasil em Bells. Em uma bateria decidida nos detalhes, Miggs bateu o amigo Deivid Silva, por 15,80 a 15,53.
DVD precisava de bom resultado por lá e a eliminação precoce poderá deixá-lo fora dos 22 melhores que vão seguir no CT após o corte do meio da temporada.
Mesma situação de João Chianca. Mas essa história foi um caso a parte. Uma saga especial.
Pela 2ª vez no ano, Chumbinho, estreante na liga, encarou o bicampeão mundial John John Florence. Pela 2ª vez, mostrou um surfe de altíssimo nível... mas... pela 2ª vez perdeu. Essa derrota porem, foi duríssima de engolir.
Foi a melhor bateria do campeonato. Para muitos, a melhor da temporada.
O carioca de Saquarema quebrou tudo, teve ma performance de craque e marcou 17,73 na soma das duas melhores notas. Simplesmente um placar que nenhum outro atleta alcançou no dia. Menos, John John, é claro, que fez incríveis 18,83 - com direito a um 9,93 - onda que arrancou alguns 10 dos juízes.
Ou seja, se Chumbinho tivesse encarado qualquer outro rival estaria nas oitavas.
Uma pena, mas faz parte do jogo. Ele lamentou mito, recebeu apoio de amigos e fãs... e sabe que precisa repetir a atuação em Margaret River para seguir de olho em uma vaga na sequencia do mundial.
Outra derrota muito doída foi a de Jadson André, mais um brazuca que precisava de pontos na Austrália.
Caiu diante do americano Kolohe Andino por 0,04 de diferença... nada né?
No twitter, Jaddy desabafou contra os narradores oficiais da transmissão do evento: "Meu Deus, assistir o replay da minha bateria causa uma revolta muito maior? Incrível o quanto a transmissão em inglês não consegue esconder o quanto eles torciam pelo outro cara! Óbvio né? Ele patrocina o moleque".
Quem também se despediu de Bells foi Caio Ibelli.
Atual número 6 no geral, foi eliminado pelo americano Nat Young, que assim como Caio já foi vice-campeão deste torneio.
Favoritos também dizem adeus cedo
O round dos 32 não poupou alguns dos principais nomes da elite.
E as zebras passearam na terra dos cangurus. Os 3 melhores no ranking já fazem parte do passado da etapa.
11x campeão mundial e tetra em Bells Beach, Kelly Slater brigou até o fim, mas não superou a juventude do havaiano Imaikalani DeVault.
Com a derrota, deve perder a vice-liderança da temporada.
Mas... no outro encontro experiência versus juventude... melhor para o aposentado Mick Fanning.
Assim como Kelly, Fanno tem 4 troféus em Bells... e pode, por que não, chegar ao quinto.
Nesta quarta, eliminou Kanoa Igarashi, atual número 1 do mundial.
Com o estilo de sempre, Fanning enlouqueceu a torcida australiana, marcando 15,77 a 14,83.
Foi a primeira vez que Kanoa vestiu a lycra amarela de líder... uma combinação de resultados poderá tirá-la do japonês.
Filipe Toledo é o que tem mais chances.
Confira todos os confrontos das oitavas de final, com maioria de australianos na chave:
heat 1: Owen Wright (AUS) x Nat Young (EUA)
heat 2: Jackson Baker (AUS) x Ethan Ewing (AUS)
heat 3: Filipe Toledo x Connor O'Leary (AUS)
heat 4: John John Florence (HAW) x Morgan Cibilic (AUS)
heat 5: Mick Fanning (AUS) x Callum Robson (AUS)
heat 6: Miguel Pupo x Kolohe Andino (EUA)
heat 7: Imaikalani DeVault (HAW) x Jack Robinson (AUS)
heat 8: Samuel Pupo x Italo Ferreira
A competição feminina está uma fase na frente, já nas quartas de final.
Tatiana Weston-Webb foi eliminada pela local Bronte Macaulay e o Brasil não tem mais representante.
Olha só a programação, com direito de #spoiler de mega-bateria entre super campeãs:
heat 1: Courtney Conlogue (EUA) x Sally Fitzgibbons (AUS)
heat 2: Bronte Macaulay (AUS) x Tyler Wright (AUS)
heat 3: Carissa Moore (HAW) x Stephanie Gilmore (AUS)
heat 4: Brisa Hennessy (CRC) x Johanne Defay (FRA)
por @thiago_blum / @surf360_
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