Topo

Surfe 360°

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Decepção? Brasileiros (BEM) longe do pódio na 1ª etapa da divisão de acesso

João Chumbinho - WSL
João Chumbinho Imagem: WSL

Colunista do UOL

11/05/2022 15h52

As excelentes atuações e a coleção de títulos nos deixou mal acostumados.

E quando as coisas não vão tão bem nas competições, chamam a atenção.

Decepção? Alerta ligado? Não! Muita calma nessa hora.

Tudo bem que nos dois últimos campeonatos, o time verde e amarelo sequer sentiu o gostinho de se aproximar da briga pelas primeiras posições.

eduardo Motta - WSL - WSL
Eduardo Motta
Imagem: WSL

Em Margaret River, pela 1ª vez em 5 anos, não colocamos ninguém entre os semifinalistas de um evento da elite da World Surf League.

Em Snapper Rocks, na Gold Coast, na abertura do Challenger Series - a divisão de acesso da liga - nenhum dos 20 inscritos alcançou nem mesmo as oitavas de final.

Alex Ribeiro, Michael Rodrigues e Lucas Silveira foram os melhores, terminando na 17ª posição.

Além de Jadson André, que disputou o torneio, mas já está garantido na divisão principal em 2023 e não precisa de resultados.

michael - WSL - WSL
Michael Rodrigues
Imagem: WSL

Nomes de peso como Deivid Silva, Peterson Crisanto, Alejo Muniz, Willian Cardoso, João Chumbinho e Ian Gouveia caíram ainda antes.

Ao mesmo tempo, vimos um domínio dos australianos. Ok, eles surfaram em casa, mas o crescimento da performance dos 'aussies' é bem visível nesta temporada.

O título ficou com Callum Robson - estreante do CT que tem mostrado estar em ótima fase. Na decisão, ele venceu Sheldon Simkus, outro novato da terra dos cangurus.

Mas é bom deixar claro. É só o começo... e o calendário do CS é longo.

snapper - WSL - WSL
Snapper Rocks, Gold Coast - Austrália
Imagem: WSL

São 8 eventos, o dobro do realizado em 2021.

Na semana que vem, a turma segue na Austrália... muda da 'Costa Dourada' para Sydney, com a 2ª etapa programada para Manly Beach.

Depois, a galera vai passar por Ballito (África do Sul), Huntington Beach (Califórnia, Estados Unidos), Ribeira D'Ilhas (Portugal), Hossegor (França), Saquarema (Brasil) e Haleiwa (Havaí).

E um ponto muito importante.

Só os 5 melhores resultados de cada surfista será somado no ranking. Os 3 piores serão descartados.

Ou seja... ao que parece, Gold Coast já tá na lista de dispensa de todos.

Os 10 melhores do geral no masculino ascendem ao Championship Tour em 2023.

Willian - WSL - WSL
Tatiana Weston-Webb
Imagem: WSL

No feminino, a história é semelhante.

Sophia Medina e Laura Raupp são as duas brasileiras que serão inscritas nas 8 provas do ano.

Em Snapper Rocks, ambas pararam logo na estreia. Tatiana Weston-Webb, que vai tentar o título mundial inédito para o país e nem precisaria competir no CS, foi só uma fase além.

Faz parte do jogo.

É levantar a cabeça, remar forte já em Sydney... e escalar a tabela.

Acredito MUITO na recuperação.

A equipe é forte.