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Solteiro, Gabriel Medina voltou ao mundial com surfe no pé e muita curtição
No mar, ele foi o mesmo de sempre.
Mas se olharmos para o todo, é possível enxergar outro Gabriel.
A volta do tricampeão ao circuito mundial da World Surf League teve todos os indicativos de que ele segue aquele feroz, capaz de aniquilar qualquer adversário, com manobras fortes, tradicionais ao seu estilo, e ao mesmo tempo inovadoras.
O cara que só tem a vitória em mente.
Mas é o ser humano na essência que chamou a atenção.
Nunca vimos um Medina tão sorridente... descontraído... participativo... e com tempo de sobra para curtir o lado bom de ser um surfista top, que pode estar nos lugares mais incríveis do mundo.
Durante os 19 anos em que fez parte da elite da WSL, GM se viu 'preso' diante das responsabilidades que uma estrela de seu tamanho precisa estar.
Treino, campeonato, contratos... família. Ele nunca demonstrou insatisfação com a vida que levava.
Foi sempre o profissional exemplar. A imagem do atleta ideal, comprometido.
Mas foi após temporadas e temporadas de dedicação extrema e fidelidade ao padrasto/pai/técnico, e de um ano de homem casado, que ele reencontrou o garoto que precisou deixar de ser ainda na adolescência.
Em G-Land, solteiro e sem pressão de nenhuma espécie, Medina pôde curtir sem moderação.
E foi muito bem acolhido por aqueles que talvez o achasse um estranho... uma estrela.
Teve churrasco, cerveja e futebol com os amigos.
Dança e 'balada' ao lado de toda a turma do tour.
Fez questão de interagir com os locais.
Um nativo mais sortudo ganhou até uma lycra do camisa 10 de presente.
Se aproximou demais de Italo Ferreira, maior rival nos últimos anos... o adversário que muitos queriam ver como inimigo. Meditaram juntos, dividiram passeios na selva e nos ares.
Dois campeões mundiais maduros, numa amizade sem amarras, inveja ou disputa.
O ambiente inóspito da 6ª etapa do mundial o aproximou da 'vida real'... dos 'mortais'.
Só lhe fez bem.
Se tivesse sido o Gabriel Medina de ontem, talvez fosse campeão em G-Land.
Para a grande maioria, teve a melhor performance nas esquerdas.
Não ganhou o título, mas a sequencia de postagens - algo raro no passado não muito distante - mostra que ele deixa a Indonésia com outro astral... em outra vibe.
Se nos primeiros meses de 2022, a preocupação era a saúde mental, nada como um mês de trabalho mais divertido do que duro com os amigos.
Uma viagem de negócios que abre novos caminhos para o maior surfista da atualidade.
Próxima escala? Punta Roca, em El Salvador.
Mais um torneio novo no calendário, com boas chances de conhecer horizontes inéditos.
Ah... sem esquecer aquele foco que nunca é descartado.
Ele deixou claro que a meta é sim estar entre os 5 melhores no fim da temporada, para buscar o tetra nas ondas da Califórnia, em setembro.
Com corpo e cabeça em dia... aliados a talento e felicidade.... você duvida?
por @thiago_blum / @surf360_
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