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Silvana Lima e Alejo Muniz: dobradinha do Brasil na etapa de Ubatuba da WSL

Alejo Muniz, em ação nas ondas de Itamambuca - WSL
Alejo Muniz, em ação nas ondas de Itamambuca Imagem: WSL

Colunista do UOL

28/08/2022 13h10

Terminou neste domingo, mais um capítulo de vitórias do surfe brasileiro.

Em um pico tradicionalíssimo e cheia de histórias: Itamambuca, em Ubatuba - litoral norte de SP.

Em jogo, a 3ª e última etapa do Circuito Banco do Brasil.

Pra se ter uma ideia, uma onda que formou entre outros, o craque Filipe Toledo, número 1 do ranking em 2022 e principal candidato ao título mundial da temporada da World Surf League, que será decidida agora em setembro, nos Estados Unidos.

Pois é....

Um local que celebra os grandes nomes. E eles voltaram a brilhar.

Com uma grande dobradinha, que garantiu a festa verde e amarela.

No masculino, Alejo Muniz foi o dono do dia, fazendo notas altas e mostrando que está em uma grande fase.

Foram 3 baterias no domingo... em todas, marcou somatórios expressivos.

Nas quartas de final, Alejo chegou aos 16,60 no duelo contra Lucas Rosário.

Alejo - reprodução - reprodução
Alejo Muniz comemora o título em Ubatuba com o filho
Imagem: reprodução

Em seguida, outro compatriota, o jovem e não menos talentoso Lucas Vicente. Depois de ficar 90% da batalha atrás do marcador, Muniz soltou o pé nas manobras e venceu de virada na última onda: 13,73 a 13,34.

Na decisão, um confronto 'argentino' diante de Jose Gundesen. Calma, eu explico. Alejo nasceu na terra dos 'hermanos', mas defende a nossa bandeira desde sempre.

Para não deixar o caneco sair do país, AM mudou a estratégia. Largou com tudo, fazendo um 7,83 e um 9,27.

Com 17,10 no total, administrou a disputa com tática e inteligência. Gundesen fez o que pôde na água... mas não deu.

Título para Alejo, que celebrou ao lado o filho.

silvana - WSL - WSL
Silvana Lima, campeã da etapa de Ubatuba da WSL
Imagem: WSL

Entre as mulheres, outro desfile do maior nome do surfe feminino do Brasil em todos os tempos: Silvana Lima.

Campeã antecipada do circuito desde o primeiro dia do evento, Silvana Lima não quis nem saber.

Deixar as ondas de Itamambuca sem o troféu seria quase que uma afronta a sua história campeã.

Pior para as guerreiras surfistas peruanas, que lutaram muito... mas a vitória não podia mesmo ir para outras mãos.

Na semifinal, a cearense despachou Melaine Giunta em uma batalha apertadíssima: 16,26 a 15,26.

Veio a decisão, contra a principal representante do esporte do nosso vizinho, Daniella Rosas.

Silvana atacou as sempre boas ondas da mais conhecida praia de Ubatuba.

Com duas notas altas, chegou ao somatório de 16,17... e viu o tempo passar com folga no placar.

Mais um título para ela numa carreira de muita alegria... que já teve várias temporadas na elite da World Surf League... e dois vice-campeonatos mundiais.

A 'Braba' não é fraca não!!!

por @thiago_blum / @surf360_