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Filipinho diz estar pronto para o World Surf League Finals: 'tudo ou nada'
O cara que sabe que fez tudo o que tinha de ser feito em 2022.
Que assume a pressão e se coloca como favorito sim, na decisão da World Surf League.
A partir do dia 8, quando se abre a janela de espera para o WSL Finals, nas ondas de Lowers, em Trestles, na Califórnia, o mundo das ondas vai estar de olho em Filipe Toledo.
Líder do ranking e com a lycra amarela na maior parte do ano.
Performances dominantes... Manobras quase impossíveis.
Cinco finais em dez etapas, dois títulos: o desejadíssimo sino de Bells Beach, na Austrália, e o tetra em praias brasileiras, terceiro consecutivo em Saquarema... Em mais um dia histórico diante de 40 mil pessoas enlouquecidas na areia.
Grande parte de quem acompanha o circuito e sabe o que rola no tour aposta que chegou definitivamente a hora dele.
Por ser número 1 do ranking, ele tem a vantagem de entrar só na disputa decisiva, diante de quem passar pelas batalhas anteriores, entre o japonês Kanoa Igarashi, Ítalo Ferreira e os australianos Ethan Ewing e Jack Robinson.
'Surfe 360' bateu um papo exclusivo com Filipinho, que se prepara em casa ao lado da família, para o último capítulo da corrida pelo troféu.
Um gostinho pode ser também visto aí acima. A entrevista completa em vídeo e com mais imagens dele em ação, vai ao ar no programa 'Band Esporte Clube', neste sábado na Band TV.
Você se considera o principal favorito ao título?
Indiretamente já existe esse favoritismo, estar com a lycra amarela, a performance durante o ano... Enfim, pelo público já existe esse favoritismo. Eu não sei se me considero favorito, mas eu me considero muito preparado, muito confiante e pronto para quem quer que seja ali naquelas minhas duas últimas baterias.
O fato de já ter competido neste formato ainda novo, criado em 2021, te dá alguma vantagem?
Acho que sim, mas todos os surfistas são bem preparados e tem muito talento. O que vai contar é o psicológico, a primeira vez deles né... Eu e o Ítalo já o segundo ano, e a gente já vem brigando por títulos já faz alguns anos. Vai depender do comportamento de cada um ali, mas já tendo feito parte deste formato, acho que dá uma vantagem sim.
No ano passado, precisou passar duas baterias para disputar a final, e teria que ganhar mais duas contra o Gabriel Medina para ser campeão. Desta vez, é você que só entra na decisão. A vantagem física é importante?
Sem dúvida nenhuma, posso falar porque senti na pele. Tudo bem que a gente teve condições extremas em Lowers, pro lugar, o mar tava bem grande e a gente teve que remar bastante. Lá, quando tá grande, o line-up fica maior e a gente tem que se movimentar mais pra pegar onda, então foi bem desgastante. Acho que por ter sido o primeiro Finals, roubou um pouco da nossa energia também. Mas estar em primeiro ali, sem dúvida nenhuma traz uma grande vantagem.
Ao contrário de 2021, os cinco classificados para o Finals já venceram eventos da elite da WSL. Com o "fator pressão" reduzido, as disputas podem ser mais equilibradas?
Sim e não. O número de vitórias não define muita coisa, mas claro, a experiência sim. Por ter chegado em inúmeras finais, ter mais de dez vitórias e ter surfado finais com diversos atletas, isso traz uma vantagem. Mas não acho que só pelo fato de ter ganhado etapas isso muda muita coisa.
Estamos a uma semana do evento. Como vai ser a preparação final? Mais mar ou preparação física?
A gente está com o plano muito bom para a parte física. Muito treino de respiração, de mobilidade, força, explosão e potência. Me sinto muito preparado. Uma carga mais pesada nos últimos dias, depois é mais manutenção. O foco é dentro da água, a prioridade é sempre o surfe, cheio de pranchas pra testar. Tô muito feliz de estar em casa, meus filhos, meus pais e meus amigos... Tem tudo pra ser um campeonato irado.
Existe algum trunfo especial para vencer? Tem 'spolier'?
Em relação a manobras, acho que não. É fazer o trabalho de casa ali, às vezes, o menos é mais. Vou tentar ao máximo, aniquilar o meu oponente logo no começo, jogar a estratégia com a prioridade. Fazer o que eu sei fazer ali em Trestles, que é me divertir, surfar e aproveitar.
Começamos e vamos terminar falando de favoritismo. O fato da maioria das pessoas apostarem em você é uma pressão que você gosta ou vai te atrapalhar?
Eu gosto. Gosto deste desafio, gosto deste 'achismo' da galera. Eu tô focado no meu, o que eu tive que fazer durante o ano eu fiz. Dei o meu melhor, conquistei o que tinha que conquistar, agora é tudo ou nada. Acho que isso pode até trazer uma pressão pro lado deles... Eu estar com a lycra amarela, ter feito um ano muito bom, estar no segundo ano consecutivo no WSL Finals, acho que pode dar uma mexida no psicológico. Eu vou prás cabeças e estou preparado pra quem quer que seja na final.
por @thiago_blum / @surf360_
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