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Tales Torraga

Maradona: psiquiatra pediu equipe médica que nunca chegou

Colunista do UOL

30/11/2020 07h36

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As informações que chegam com o passar das horas mostram diversas falhas nos cuidados da saúde de Diego Armando Maradona, morto após uma parada cardiorrespiratória na última quarta-feira (25).

Maradona - Grupo CARAS - Grupo CARAS
Segundo jornal, investigação irá apurar se houve negligência médica na morte de Diego Maradona
Imagem: Grupo CARAS

Depois de saber que Maradona caiu e bateu a cabeça sete dias antes de morrer, a coluna apurou também que a psiquiatra de Diego, Agustina Cosachov, solicitou uma equipe médica que jamais atuou em sua internação domiciliar.

A coluna teve acesso a um documento assinado por Agustina no último dia 4 pedindo "uma ambulância, um clínico geral, um neurologista e enfermeiros de preferência homens com disponibilidade completa de tempo e experiência nos problemas causados pelo consumo de substâncias".

De todos os pedidos, feitos no exato dia em que Maradona foi operado, apenas a presença de enfermeiros em tempo integral foi atendida - e ainda assim com profissionais homens e mulheres se revezando na função.

A solicitação foi feita à empresa contratada para organizar os cuidados médicos da internação domiciliar de Maradona em sua casa em Tigre, nos arredores de Buenos Aires. O que também será investigado é quem conferia se os cuidados eram efetivos, pois Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona, realizava uma cirurgia no momento em que solicitou uma ambulância para socorrer Diego na última quarta - ou seja, estava distante do Diez.

Os enfermeiros que cuidaram de Maradona dizem que a última presença do médico na casa de Diego foi na quinta (19), quando o ex-craque o expulsou da residência aos empurrões. Já Leopoldo disse ontem (29) que esteve com Maradona também na sexta e no domingo.

Sendo verdadeira sua versão, há uma ausência de cerca de 70 horas entre sua última presença (no domingo) e a morte de Maradona (na quarta). Luque é neurocirurgião. E Maradona ter morrido depois de uma parada cardiorrespiratória é no mínimo uma incompatibilidade importante, de acordo com a opinião pública de todos os que acompanham a investigação de sua morte no começo desta semana em Buenos Aires.

Outra importante incompatibilidade é o chamado pela ambulância - segundo a solicitação por escrito de sua psiquiatra três semanas antes de sua morte, o veículo deveria estar sempre lá, assim como um clínico geral.