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Tales Torraga

'Maracanazo' é maior façanha do Racing na Libertadores desde título de 1967

Colunista do UOL

01/12/2020 23h39

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Semana passada projetamos o Racing a caminho da sua terceira eliminação seguida nas oitavas da Libertadores depois do 1 a 1 com o Flamengo em Avellaneda. Mas o time jogou com a seriedade e a garra que se previam depois da morte de Diego Maradona e derrubou, como visitante, o atual campeão da Libertadores naquela que é sua maior façanha na competição desde o título único na Copa, em 1967.

Racing - EFE/ Antonio Lacerda POOL - EFE/ Antonio Lacerda POOL
Sigali comemora gol do Racing contra o Flamengo no Maracanã
Imagem: EFE/ Antonio Lacerda POOL

O "Maracanazo" levou à loucura a equipe de transmissão da ESPN da Argentina, que não perdeu a oportunidade de lembrar que o Flamengo voltava a ser derrotado por um time de Avellaneda - já havia perdido a Sul-Americana para o Independiente em 2017.

Por falar em Independiente, o "louco por Maradona" Sebastián Beccacece coloca mais uma épica em sua história na Academia, somando a classificação desta terça ao clássico ganhado com dois jogadores a menos, em fevereiro.

De participação oscilante na história da Libertadores, o Racing tenta agora repetir a campanha de 1997, quando parou apenas na semifinal. Agora depende do Boca Juniors, pois a Academia já fez sua parte na tentativa do duelo 100% argentino que os clubes sonhavam para as quartas de final para começar a homenagear Maradona devidamente.

A participação do Racing na Libertadores de 1997 merece mais detalhes - como agora, naquela ocasião o então campeão ficou pelo caminho, o River Plate de Enzo Francescoli, com dois empates, 3 a 3 em Avellaneda e 1 a 1 em Núñez, com vaga nos pênaltis para a Academia.

Os pênaltis foram igualmente necessários desta vez, mas o fetiche argentino pelo Maracaná (é essa a grafia usada pela imprensa do país) já borda a façanha do Racing como um dos pontos altos de sua história. O Fla que encontre as razões - uma delas estava óbvia antes mesmo do apito inicial, a escassa rodagem rubro-negra de Rogério Ceni antes do confronto, bem ao contrário de Beccacece, no cargo desde o começo do ano. Exigir um treinador fazer em três semanas o que outro fez em 12 meses é mesmo querer demais.