O que o atropelamento do River ensina ao Palmeiras
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
"Tan perfecto que asusta", profundo rock da banda Callejeros, é a trilha sonora da torcida do River Plate neste fim de semana em Buenos Aires. A euforia tem sua razão. A classificação agregada de 8 a 2 sobre o Nacional-URU (2 a 0 na Argentina e 6 a 2 no Uruguai) faz a metade vermelha e branca do país repetir sem parar seu clássico lema "ganar, gustar, golear". A outra brincadeira em moda na capital portenha é o 4G (o de Gallardo somado a esses outros três).
Pelos seis gols de ontem, listamos seis aspectos para o Palmeiras considerar desde já para a semifinal dos dias 5 (em Avellaneda) e 12 (São Paulo).
Goleiro expulso. A atuação do River foi sim memorável, mas muito facilitada logo aos 18 minutos de jogo pelo cartão vermelho para Rochet, arqueiro do Nacional. Estava 0 a 0 quando ele desferiu uma patada violenta em Suárez. O clube de Núñez já demonstrava superioridade e o Nacional já dava espaços - no 11 contra 11, um cálculo razoável das TVs e rádios de Buenos Aires era o da vitória do River por 3 a 1. Os dois gols sofridos foram atribuídos ao relaxamento que um jogo mais pegado não permitiria.
8 a 2 e ainda vai reforçar. Setorista do River na Rádio La Red, Gustavo Yarroch informou que o clube está atrás de dois nomes para a semifinal. Um para o meio-campo e outro para o ataque. O bom meia Tomás Pocchetino, de 24 anos, do Talleres, tem negociações avançadas, segundo o diário "Olé". São três inscrições permitidas para cada time até o dia 2.
Zuculini. O volante que atuou no lugar de Nacho Fernández fez ontem seu terceiro gol em quatro jogos. Está marcando bem, passando bem e pisando na área rival com competência. Precisa controlar sua agressividade, pois poderia ser expulso depois de acertar uma joelhada na cabeça do goleiro. É muito lembrado na Argentina o seu coice no tornozelo de Centurión nas oitavas da Libertadores de 2018 contra o Racing. Um eventual embate seu com Felipe Melo seria para rachar a caneleira dos dois.
Carrascal. O "Neymar colombiano" parece ter enfim desencantado. "Seu futuro é maior que o de James Rodríguez", falou o comentarista Ogro Fabbiani, da ESPN, destacando que o meia-atacante de 22 anos é talentoso demais e agora incorporou ao seu jogo a entrega e a velocidade típicas do futebol argentino. O golaço que abriu o placar ontem prova que não é exagero.
Fome demais. Marcelo Gallardo foi bastante questionado depois da partida por humilhar o time em que começou a carreira de técnico. "Vencer ok, mas fazer seis é demais", foi a conclusão de um alucinado debate em plena madrugada na Rádio Mitre. O histórico treinador do River já havia sido acusado da mesma coisa quando aplicou 6 a 1 no Racing do amigo Chacho Coudet no Argentino do ano passado. "A maior maneira de respeitar o rival é jogando o melhor possível, e eu não teria autoridade para pedir energia aos jogadores se eu falar para eles aliviarem", ponderou Marcelo.
Equilíbrio. Este River que arrasou o Nacional tem uma mescla perfeita de experiência e juventude. Há os baluartes, como o volante Ponzio, há nove (!) anos no clube, ou o goleiro Armani, dono do arco há três. Mas há também o frescor de novidades como o zagueiro Rojas, o lateral-esquerdo Angileri, o volante Zuculini e o armador Carrascal, que abraçaram a titularidade nas últimas semanas e renderam bem demais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.