Boca 'reforçado' e River lesionado: o começo de semana dos argentinos
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O Boca Juniors venceu o Huracán por 3 a 0 ontem à noite na Bombonera, e o River Plate também ganhou "na casa Avellaneda" por 2 a 1 ante o Arsenal de Sarandí. Os dois jogos valeram pela Copa Diego Maradona, bolada pela AFA para manter os times aquecidos durante a pandemia.
Boca e River agora vão se enfrentar na Bombonera às 21h30 (de Brasília) de sábado, decidindo qual dos dois avançará à final da competição local. O superclássico será também o último compromisso de ambos antes da abertura das semifinais da Libertadores.
A coluna repassa agora como cada gigante argentino abre a semana:
* O interesse do Boca por Mauro Boselli, ex-Corinthians, enfureceu o centroavante Wanchope Ábila, que marcou dois gols ainda no primeiro tempo e recebeu a melhor nota desta segunda no diário "Olé". Foi de longe: melhor atuação depois da volta do futebol em setembro.
* A boa atuação de Ábila, amigo íntimo de Tevez, deixa o Boca em xeque quanto aos reforços. Entendem no clube que "reforço" mesmo é apostar em Ábila, louco por uma revanche contra o River depois do choro e queda dos últimos dois anos.
* O técnico Miguel Ángel Russo ressaltou a dificuldade nas negociações. A chegada de Boselli ainda não está descartada, como noticia o "Olé" e o "Clarín", mas deixou de ser prioridade depois da explosão de Ábila deste domingo.
* O Boca ontem atuou só com dois titulares, o volante Capaldo e o meia Cardona, ainda assim jogou "redondo", oportunista no ataque e seguro na defesa.
* A ideia xeneize é escalar o melhor que tem para pegar o River no sábado. Os dois times dividem a liderança de um dos grupos da Copa Maradona, e só um avança à final que será realizada contra o líder do outro grupo (hoje o Banfield). Depois do superclássico só haverá mais uma rodada.
* Usar titulares também tem a ver com o maior tempo de descanso. A primeira semifinal do Boca com o Santos será na quarta, enquanto River e Palmeiras se chocam na terça.
* A banda de Núñez pôs os titulares ontem à noite e ganhou do Arsenal por 2 a 1, mas agora se vê com quatro jogadores no Departamento Médico, o zagueiro Paulo Díaz, que nem entrou por dores no quadril, os dois laterais-esquerdos, Angileri e Casco, e o atacante Borré, que deixaram o campo com contusões.
* O diagnóstico de cada um sai no fim da tarde. Caso fique sem lateral-esquerdo para enfrentar o Palmeiras, a primeira tentativa do técnico Marcelo Gallardo é usar o zagueiro Pinola, de 37 anos, na função (já jogou ali no Nuremberg, no Racing e no Rosario Central).
* Pelo menor tempo de descanso e pelas contusões, Gallardo deve usar um time reserva contra o Boca.
* Enzo Pérez e Nacho Fernández voltaram ao time e jogaram muito bem. Enzo foi o Gallardo em campo - fazia com inteligência tudo o que o técnico mandava, distribuindo o jogo sempre com perfeição. E Nacho atuou com a qualidade que o levou ao posto de melhor jogador do futebol argentino até a parada pela pandemia. Fez o primeiro gol. O segundo foi um golazo de Francescoli de Matías Suárez, cada vez mais equiparado ao ídolo uruguaio por sua imensa categoria.
* O River atacou pela direita (um "trem" com Montiel, Carrascal e Borré) e esquerda (Angileri, De La Cruz e Suárez). Um placar plenamente natural seria 4 a 1 ou 5 a 1. Na Rádio Mitre e na Rádio La Red, a opinião depois do jogo era a mesma: este River é a melhor versão de Gallardo e a melhor equipe da América do Sul. Resta saber se os contundidos vão virar realmente desfalques.
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