Juiz de Palmeiras x Santos gerou briga Passarella-Grondona e chutou atletas
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Árbitro da decisão da Libertadores entre Palmeiras e Santos no próximo dia 30 no Maracanã, o argentino Patricio Loustau, de 45 anos, tem um histórico carregado de polêmicas em seu país.
Integrante do quadro da Fifa desde 2011, ele é bastante lembrado na Argentina pela arbitragem de um Boca 2x0 River daquele ano. Chamado para cobrir a ausência de Héctor Baldassi, operado às pressas, Loustau foi tão mal que gerou um conflito histórico entre Daniel Passarella, então presidente do River, e Julio Grondona, mandatário da AFA (Associação de Futebol Argentino).
"Grondona me telefonou no sábado para trocar o árbitro, disse para escalar o quarto, e ele queria Loustau. Falou que eu deveria ficar tranquilo porque era sob responsabilidade dele. Agora, que não nos cobraram cinco pênaltis, de quem é a responsabilidade?", esbravejou o capitão da seleção de 1978 ao jornal "Olé", exagerando sobre os três pênaltis que não foram assinalados.
O River praticamente cortou relações com a AFA, e Passarella esteve perto de agredir Grondona. O então presidente do River garante até hoje que o clube só caiu para a Série B por represália do então presidente da Associação.
O altercado não comprometeu a sequência da carreira de Loustau. Defendido pelo pai - Juan Carlos, árbitro da Copa de 1990 e conhecido no Brasil por dirigir São Paulo x Barcelona no Mundial de 1992, que intimou publicamente Passarella para um "mano a mano" que jamais aconteceu -, Patricio se tornou um dos árbitros mais solicitados na elite da Argentina e do continente. Entre seus pontos altos estão o Flamengo 5x0 Grêmio na semifinal da Libertadores de 2019 e as participações nas duas últimas edições da Copa América.
Ex-zagueiro do Racing nas divisões de base, é conhecido como um árbitro próximo aos jogadores, embora o pavio curto gere problemas (bem ao contrário da diplomacia que usa como publicitário, sua outra carreira).
No Estudiantes 3x0 Central no Argentino de 2019, desferiu uma cotovelada no peito do zagueiro Schunke, do Estudiantes, ao separá-lo de um rival. No ano anterior, fez pior e foi duramente criticado: deu pontapés nos jogadores do Newell's para interromper uma comemoração de gol e recomeçar logo a partida que terminou com um 2 a 1 do time de Rosário sobre o Talleres.
Em março de 2020, foi o árbitro do controverso River 1x1 Atlético de Tucumán que decretou o título argentino do Boca com muitas críticas em Núñez. O River teve um gol anulado injustamente (por impedimento) e dois pênaltis não marcados. O VAR deve estrear na Argentina só em abril.
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