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Soco de zagueiro argentino em Edmundo vira bandeira na torcida do Vélez
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Aconteceu há mais de 25 anos e é, ainda hoje, uma das imagens mais repetidas da rivalidade entre Brasil e Argentina. Em um Flamengo x Vélez Sarsfield pela Supercopa da Libertadores de 1995, o argentino Zandoná acertou um violento soco na cara de Edmundo ao revidar um tapa. A emblemática cena virou até bandeira na torcida do Vélez em Buenos Aires.
O "trapo", que é como os argentinos chamam as bandeiras feitas manualmente pelos seus fanáticos, levou dois meses para ser feito e estreou nos estádios no começo do ano passado. Mesmo na pandemia, com as tribunas vazias, era possível ver a reprodução do soco nas arquibancadas desertas do José Amalfitani, histórica cancha do Vélez.
A iniciativa foi do pequeno grupo de (cerca de 40) torcedores denominado "100 barrios", em alusão à célebre canção portenha da década de 1940 reforçando que Buenos Aires tinha cem bairros (quando na verdade tem 48). A agrupação fica no bairro de Liniers, onde está também o estádio do Vélez.
A bandeira foi confeccionada por quatro torcedores - dois sequer eram nascidos quando Zandoná socou Edmundo. "Este é um dos momentos mais comentados por nós, não deixamos ninguém tirar sarro da gente, todo aniversário do lance [3 de outubro] nos juntamos para comemorar, é o nosso 'Zandonazo'", dizia a mensagem mandada à coluna por Rodolfo Castillo, um dos responsáveis por fazer a bandeira e carregá-la aos jogos da equipe.
NÃO ME ARREPENDO - Ouvimos Flavio Zandoná em 2016 para saber das suas memórias daquele lance. E o argentino que jogava como zagueiro e lateral não mediu as palavras: ''Nesta altura da vida, é claro que olho para trás e não tenho arrependimentos. Carregar arrependimentos é uma forma muito triste de se viver. Não me orgulho e nem me arrependo deste episódio'. 'Eu me senti provocado. E qualquer um que provoca precisa saber que isso vai gerar consequências".
''Em uma jogada normal, sem importância, o Edmundo recebeu a bola e começou a rebolar e provocar todo mundo. Eu, que estava mais perto, principalmente'', seguiu, relembrando que os dois trocaram tapas antes do famoso nocaute. "Estava 3 a 0. Não há paciência que banque um adversário ficar do seu lado rebolando, falando coisas e te dando tapa. Ali, quis fazer justiça lhe dando um soco bem forte. Estávamos em mau momento e saindo da Copa. O episódio significou uma catarse para todo o time. Se houvesse outra situação assim, faria de novo.''
Como resposta ao soco, Zandoná levou uma voadora de Romário. Esta e outras histórias daquele Flamengo x Vélez foram contadas nesta matéria do UOL Esporte também de 2016.
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