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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Como 2002: saída de Crespo deve dar lugar a Batistuta no Defensa y Justicia

Batistuta, Crespo e Bielsa (de costas) em jogo da Argentina pela Copa de 2002 - Divulgação AFA/Arquivo
Batistuta, Crespo e Bielsa (de costas) em jogo da Argentina pela Copa de 2002 Imagem: Divulgação AFA/Arquivo

Colunista do UOL

10/02/2021 12h00

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Sem Hernán Crespo, que já se despediu da equipe, o Defensa y Justicia negocia com outro astro da seleção argentina para ser técnico da equipe. E o nome mais forte na sede da equipe em Florencio Varela, no subúrbio de Buenos Aires, é o de Gabriel Batistuta, que pretende estrear como treinador.

Batistuta está com 52 anos e se formou como técnico em setembro em 2018. Desde então, foi sondado para cargos no Libertad (Paraguai) e na base da Fiorentina, mas jamais trocou a função de comentarista na Itália e Argentina pela rotina no comando de um clube. José Lemme, presidente do Defensa, negou já ter acertado com o artilheiro, mas dirigentes da equipe confirmaram à coluna que as atuais tratativas colocam o histórico Batigol perto da equipe.

A grande curiosidade na negociação do DyJ com Batistuta é o passado de constantes trocas entre ele e Crespo na seleção argentina - quando um entrava, outro saía na seleção de Marcelo Bielsa, que mais de 15 anos depois reconheceu que era um erro não escalar ambos juntos nos tempos em que Crespo e Batistuta eram dois dos melhores atacantes do mundo.

Na Copa de 2002, Batigol voava pela Roma e Valdanito - como Crespo é chamado na Argentina por lembrar o estilo de jogo de Jorge Valdano - fazia o mesmo na Lazio. Ainda assim, a Argentina foi embora na primeira fase em grupo com Nigéria, Inglaterra e Suécia. Crespo foi artilheiro nas Eliminatórias, mas Batistuta ocupou seu lugar na Copa (sendo substituído nos três jogos).

A temporada 2021 promete agito para o Defensa y Justicia, que tem vaga na Libertadores (sua segunda seguida) e na Recopa Sul-Americana - pega o Palmeiras nos dias 7 e 14 de abril. O clube integra a Série A da Argentina sem rebaixamentos desde 2014, e suas primeiras experiências continentais chamaram a atenção do país pela recente conquista da Copa Sul-Americana.

Com o eventual acerto com Batistuta, o time manteria sua tradição de abrir portas a técnicos que buscam experiência. Foi assim com Ariel Holan (2015-2016), Sebastián Beccacece (2016-2017 e 2018-2019) e Hernán Crespo.