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Sem goleiro e com 20 atletas infectados: o drama do River na Libertadores
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O River Plate abriu a semana vivendo "um dos momentos mais duros em 120 anos de história", segundo o presidente Rodolfo D'Onofrio. Depois do digno 1 a 1 com o Boca Juniors ontem (16) na Bombonera, saindo da Copa da Liga Argentina apenas nas cobranças de pênaltis, o time agora junta os cacos para jogar pela Libertadores da América.
Considerado um dos favoritos ao título da competição ao lado de Flamengo e Palmeiras, o River agora corre risco até de ser eliminado na primeira fase. O risco é real ou é o drama típico de um portenho pessimista? A coluna repassa os quatro itens que compõem o complicado cenário do clube nesta semana.
Surto de covid
A metade vermelha de Buenos Aires passou o sábado sob comoção. Isso porque o River divulgou que nada menos que 15 jogadores testaram positivo para covid. A lista: os goleiros Franco Armani, Enrique Bologna, Germán Lux e Franco Petroli, os zagueiros Paulo Díaz e Robert Rojas, os meio-campistas Agustín Palavecino, Santiago Simón, Tomás Castro Ponce, Nicolás De La Cruz e Bruno Zuculini, e os atacantes Matías Suárez, Benjamín Rollheiser, Rafael Borré e Federico Girotti.
O time fez novos testes nesta segunda (17), e anunciou mais contágios: Leonardo Ponzio, Gonzalo Montiel, Lucas Beltrán, Alex Vigo e Flabian Londoño Bedoya. São 20, ao todo.
Joga depois de amanhã em casa
O River está com 6 pontos e ocupa a segunda posição do Grupo D, dois atrás do Fluminense. Junior (3 pontos) e Independiente Santa Fe (2) vêm atrás. O River recebe o Santa Fe às 21h de quarta (19) no Monumental. Um empate seria suficiente para manter o time na segunda colocação e enfrentar o Fluminense às 19h15 da terça da semana que vem (25) com condições melhores de competir. Uma derrota ameaçaria a vaga, pois colocaria o River com a obrigação de somar pontos diante do líder Fluminense para controlar o avanço de um dos times colombianos.
Drama no gol
Os quatro goleiros inscritos na Libertadores testaram positivo: Armani, Bologna, Lux e Petroli.
Leo Díaz, o quarto arqueiro, jogou ontem na Bombonera e foi muito bem. Mas não está inscrito para a competição continental. O clube trabalha agora com duas possibilidades. A primeira é inscrever Díaz, mediante a situação atípica. O próprio River não vê a possibilidade com otimismo. A Conmebol permitiu aos clubes listar 50 jogadores, e o River incluiu 32 nomes - incluindo aí os quatro arqueiros que agora não têm condições de jogo.
A coluna apurou que o River se apoia no artigo 3.7.5.12 do regulamento da Libertadores, que diz: "está permitida a substituição do goleiro lesionado durante qualquer etapa da disputa do torneio". A dúvida é se a Conmebol vai avaliar um atleta que contraiu coronavírus como um lesionado.
A segunda hipótese avaliada pelo técnico Marcelo Gallardo é escalar um jogador da linha no gol. Nos treinos, o volante Enzo Pérez e os laterais Gonzalo Montiel e Milton Casco têm experiência nesta improvisação.
Enzo Pérez saiu no intervalo do jogo de ontem contra o Boca com uma lesão muscular, e sua presença ante o Santa Fe é dúvida, seja qual for a posição.
Sem time
Gallardo disse o seguinte ontem à noite na Bombonera:
"Como vou armar o time não é importante, para mim o que importa é que os atletas estejam bem logo. Que os jogadores se recuperem bem, isso é o mais importante."
"Vamos armar o time nessas próximas 48 horas. Quem sou eu para dizer o que é justo ou não? O que eu sei é que estamos no meio de uma pandemia e a Conmebol nos deu a possibilidade de somar 50 jogadores profissionais, mas não há 50 profissionais, o que poderíamos fazer era encher a lista de amadores. Não fazia muito sentido [armar lista extensa], e agora precisamos resolver o que aconteceu conosco."
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