Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Copa América vale permanência no cargo para criticado técnico da Argentina
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A paciência da torcida e da imprensa argentina com o técnico Lionel Scaloni está no fim. Depois de empatar com Chile (1 a 1) e Colômbia (2 a 2) na rodada dupla das Eliminatórias, a seleção agora entra na Copa América com a obrigação de chegar ao menos às semifinais para salvar o atual treinador.
Uma crítica bastante repetida em Buenos Aires é a falta de identidade desta seleção, que troca nomes e esquemas com frequência e não demonstra convicções, algo essencial na relação do argentino com o futebol.
Nem o fato de a seleção começar na frente em ambas as partidas acalma os nervos portenhos: muitos leem que tal queda de rendimento se deve justamente ao fato de Scaloni mexer mal na equipe.
"Não sabemos o que este time propõe. Até a seleção do Patón Bauza era clara no que tentava. Era um 4-2-2 sólido e ponto final", ponderou o ex-zagueiro Sebá Domínguez, hoje comentarista da ESPN argentina e uma das principais vozes do futebol no país. "Já percebemos que não podemos desperdiçar a chance histórica de contar com um Messi pela última vez em um Mundial com improvisos", seguiu o narrador Mariano Closs, o "Galvão Bueno" da Argentina.
A coluna apurou que a AFA tem total interesse em avaliar "em tempo real" a permanência da comissão técnica. Os orçamentos dos patrocinadores para 2022 (ano de Mundial) serão definidos logo depois da Copa América, e um clima de crítica e pessimismo é tudo o que a entidade evita na busca incessante de reforço em seus cofres.
Quem se agarrar aos resultados tampouco tem motivos para insistir com Scaloni. A Argentina aparece na segunda colocação da tabela (tem 12 pontos, seis a menos que o Brasil), mas apenas quatro à frente da Colômbia, hoje a quinta, posição que daria vaga na Repescagem.
O ataque, com Messi e Lautaro Martínez (e que ontem teve Agüero e Di María no banco) é um problema. Tem apenas nove gols, a mesma quantidade que a Bolívia. E muito longe da melhor ofensiva, a do Brasil, com 16.
20 anos
Imaginar uma saída repentina de Scaloni encontra antecedentes muito claros na história da seleção argentina. O último técnico a cumprir um ciclo mundialista completo pelo país foi Loco Bielsa, em 2002. Depois dele, José Pekerman (2006), Diego Maradona (2010), Alejandro Sabella (2014) e Jorge Sampaoli (2018) herdaram trabalhos em andamento para as Copas do Mundo.
A atual presidência da AFA tampouco demonstrou vergonha ao reformular suas comissões técnicas, o que aconteceu com as dispensas de Edgardo Bauza (2017) e Jorge Sampaoli (2018).
Como segue
A Argentina estreia na Copa América na próxima segunda (13), às 18h (de Brasília), contra o Chile, no Rio. Os jogos seguintes de Messi e companhia serão contra Uruguai (dia 18, às 21h), Paraguai (dia 21) e Bolívia (dia 28). Quatro das cinco seleções do grupo avançam para as quartas de final.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.