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Tales Torraga

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Por que esta Argentina sai na frente e nem assim consegue ganhar?

Messi disputa a bola com Vargas em partida entre Argentina e Chile pela Copa América no Rio de Janeiro - Thiago Ribeiro/AGIF
Messi disputa a bola com Vargas em partida entre Argentina e Chile pela Copa América no Rio de Janeiro Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL

16/06/2021 12h00

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Três jogos em 11 dias com o mesmo enredo: a Argentina abre o placar, controla a partida e sofre o empate (dois 1 a 1 com o Chile e um 2 a 2 com a Colômbia pelas Eliminatórias). Encontrar as razões para esta incapacidade de vencer é o assunto esportivo da quarta-feira em Buenos Aires, e os jornais "Clarín", "La Nación" e "Olé" trazem extensos debates para encontrar as alternativas para o complicado momento azul e branco. Repassamos.

Mais Messi

Que ele não esteja no auge, tudo bem. Mas os argentinos pedem para ele "esconder a bola" para acalmar a equipe e controlar as investidas rivais. Quem tem feito isso é Lo Celso, mas que se empolga e tenta acionar o ataque.

Pouca definição

Esta Argentina gera muitas chegadas ao gol rival, mas Lautaro Martínez e Nico González andam deixando a desejar. Contra o Chile foram 18 finalizações, a maior quantidade em um jogo da era Scaloni, e ainda assim o gol só saiu numa cobrança de falta de Messi.

E Agüero?

Scaloni não tem mostrado que ele entra em seu esquema titular. A condição física do agora reforço do Barcelona também deixa a desejar depois que ele se recuperou do covid no começo do mês.

Defesa crítica

Desatenções têm marcado os gols dos empates ante Chile e Colômbia - seja com cochilos de Foyth, Martínez Quarta e Otamendi. As TVs gastam longos minutos analisando que esta Argentina não tem um técnico em campo como era nos tempos de Mascherano. Falta voz de comando.

Scaloni

Suas más mexidas na equipe voltaram a demonstrar sua inexperiência e a questionar sua permanência na seleção. É mesmo estranho demais que ele comande uma seleção de tão alto nível sem nenhuma trajetória prévia. Ele está perto de cumprir três anos no cargo e ainda se comporta como um principiante, analisa hoje o "Clarín".

Humildade

Outro ponto discutido é a falta de humildade da Argentina, que já deixou o primeiro nível da América do Sul, segundo escreve o jornalista Hernán Castillo hoje no "Olé". O Brasil comanda o futebol no continente, enquanto Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia brigam como segunda força. Reconhecer isso e conduzir as partidas de maneira mais estratégica, e sem a necessidade de brilhar o tempo todo, é uma necessidade para esta equipe na Copa América.

E agora?

A Argentina volta a campo na sexta-feira (18), às 21h (de Brasília), contra o Uruguai, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela segunda rodada da Copa América.