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Tales Torraga

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Argentina enfim consegue o que tanto se exigiu: um time ao redor de Messi

Argentina comemora gol sobre o Uruguai na Copa América - Gustavo Pagano/Getty Images
Argentina comemora gol sobre o Uruguai na Copa América Imagem: Gustavo Pagano/Getty Images

Colunista do UOL

29/06/2021 12h00

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A fase de grupos da Copa América terminou com a Argentina fazendo as pazes com o seu exigente torcedor. E não pela goleada sobre a frágil Bolívia, e sim pela característica demonstrada nas quatro partidas disputadas no Brasil. A seleção não tem os famosos "titulares absolutos", mas sim um grupo extremamente coeso de jogadores que dão alternativas ao técnico Lionel Scaloni tanto dentro de uma partida específica quanto ao longo do campeonato.

Em outras palavras, pode-se dizer que a Argentina finalmente tem um time ao redor de Lionel Messi.

Esta Argentina que joga "com 15 ou 16", segundo as análises portenhas nesta gelada terça-feira, percebeu que Paredes, De Paul, Lo Celso, Nico González e Otamendi podem ser substituídos tranquilamente por Papu Gómez, Di María, Lisandro Martínez, Palacios e Angelito Correa, que renderam bem quando precisam ser acionados nas Eliminatórias ou nesta Copa América.

Como as rádios de Buenos Aires repetem, esta Argentina encontrou um funcionamento (como, aliás, é a característica do River Plate de Marcelo Gallardo, que troca os nomes sem abrir mão da sua maneira de jogar).

Esta quantidade de jogadores em bom nível é uma excelente notícia para o técnico Lionel Scaloni, que ainda viu contra a Bolívia Lautaro Martínez fazer as pazes com o gol. Contra o Equador, espera-se uma Argentina de novo com seu 4-3-3 e com Messi, Lautaro e Nico González na frente, embora Di María e Agüero sejam opções interessantes, aproveitando o entrosamento com os laterais Montiel, pela direita, e Acuña e Tagliafico, pela esquerda.

A análise do técnico Turco Mohamed no "Olé" de hoje é a mais precisa. O Equador vai se trancar, raspar, esperar e contra-atacar. E a Argentina vai precisar mexer todas as peças (no xadrez são 16, afinal) com eficiência.

Hoje elas estão lá. Felizmente.

A lerdeza de Mascherano, a criancice de Lavezzi, a mala onda com Icardi?

Ficaram para trás. "Pasado pisado", já diziam os espanhóis.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL