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Com Messi 'maior que Pelé', Argentina testa superataque contra o Paraguai
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Lionel Messi já foi questionado, ou melhor, detonado pela torcida argentina? A realidade por anos a fio hoje soa como alucinação de outra vida. O cartaz do craque neste 2021 entre seus pares resvala na bipolaridade. Maradona? Que em paz merecidamente descanse. O "más grande que Pelé" agora é Messi.
O êxtase depois de tanta agonia tem sua razão de ser. Messi chegou a 79 gols pela Argentina e superou os 78 do Rei pelo Brasil, mas que ninguém espere maiores comparações portenhas. Convém contextualizar: enquanto Messi levou 153 jogos para atingir a marca, Pelé demorou 92 (61 partidas menos),
E hoje (7) será dia de, enfim, ver Lionel em "modo el rey", como escreve o "Olé" depois do papelão de Itaquera e dos loucos 5 minutos contra o Brasil.
A Argentina enfrenta o Paraguai nos Defensores del Chaco, em Assunção, às 20h (de Brasília), no nono compromisso azul e branco pelas Eliminatórias. A equipe de Lionel Scaloni é segunda, seis pontos (24 a 18) atrás do Brasil.
O que chama atenção na campanha argentina é o desempenho do ataque, com interessantes 15 gols em 8 jogos. Na última Eliminatória, com Tata Martino, Patón Bauza e Pelado Sampaoli como técnicos, a Argentina fez 19 em 18 jogos, mesma quantidade da lanterninha Venezuela. Dá para imaginar?
Tão fã do futebol ofensivo quanto do estilo histórico de raça, a Argentina trata esta seleção como "delantera de oro", algo como um "superataque" no Brasil. E a torcida espera por muitos gols mesmo fora de casa. O Paraguai tem uma defesa fraca, com 11 gols sofridos e um saldo negativo de 2.
É justamente o Paraguai, sexto colocado, a "nota de corte" desta Argentina. Pelas contas publicadas hoje nos jornais portenhos, falta à azul e branca apenas 10 pontos para garantir a vaga para o Qatar-2022. Depois do Paraguai, a Argentina pega em casa Uruguai (no domingo) e Peru (quinta) nesta rodada tripla, com chances reais de somar nove pontos em 10.
A escalação nesta quinta será a de luxo, a mesma que ganhou a Copa América no Maracanã ante o Brasil. O goleiro segue Dibu Martínez, cada vez melhor e mais louco; Gonzalo Montiel, ofensivo pela direita, e Huevo Acuña, uma rocha pela esquerda, são os laterais; Cristian Romero e Nicolás Otamendi, firmes e experientes, marcam pelo meio. Melhor dupla dos últimos tempos.
Os volantes vêm crescendo nos bons pés e na raça de Rodrigo De Paul e Leandro Paredes, assim como a armação de Giovani Lo Celso. O "superataque" contará com Ángel Di María, Lautaro Martínez e Lionel Messi.
E ainda tem o "Aranha" Julián Álvarez, grande nome ofensivo do futebol local na Argentina. Foram dele os dois gols do River Plate contra o Boca Juniors no domingo, e muitos já o veem com nível suficiente para brigar pela titularidade.
O Brasil tem 19 gols nos mesmos 8 jogos (média de 2,37) até aqui. Veja o ataque da Argentina no atual formato das Eliminatórias ao longo dos tempos:
Qatar-2022: 15 gols em 8 jogos (média de 1,87 gol por jogo)
Rússia-2018: 19 em 18 (1,05)
Brasil-2014: 35 em 18 (1,94)
África-2010: 23 em 18 (1,55)
Alemanha-2006: 29 em 18 (1,61)
Ásia-2002: 42 em 18 (2,33)
França-1998: 23 em 16 (1,43)
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