Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Galã e genro de Carlos Bianchi: quem é o técnico Domínguez, alvo do Inter
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Um dos destaques do sempre competitivo futebol argentino está na mira do Internacional para a temporada 2022. De acordo com o colega Marinho Saldanha, o próximo técnico colorado tem tudo para vir do país vizinho, e a lista de nomes tem Sebastián Beccacece, Cacique Medina e Eduardo Domínguez — que chama atenção na Argentina também fora dos gramados.
Atual técnico do Colón, da província de Santa Fé, Domínguez está com 43 anos e é genro de ninguém menos que Carlos Bianchi, técnico mais vezes campeão da Libertadores — quatro títulos (um pelo Vélez e três com o Boca) e um vice. Domínguez e Brenda, a filha mais velha do lendário treinador, são casados há nove anos e têm um casal de filhos.
A convivência, claro, permite trocar ideias. ''Mas não falamos muito de futebol. Carlos é sempre aberto a conversar sobre o time, mas não fico o enchendo. Ele é melhor avô que treinador'', define Eduardo.
Ex-zagueiro do Huracán, Domínguez virou técnico da noite para o dia. Aos 37 anos, já fazia a sua estreia e levava o clube que defendia como atleta a um nível ainda mais alto. Foi vice-campeão da Sul-Americana, eliminando o River Plate na semifinal e caindo só na decisão depois de dois 0 a 0 e pênaltis contra o Santa Fé, da Colômbia.
'Galã roqueiro'
Outra característica de Domínguez bastante comentada até mesmo em Buenos Aires, a quase 500 quilômetros de onde trabalha, é seu visual roqueiro à beira do campo. A Argentina o vê como sósia de Adam Levine, vocalista do Maroon 5, e os programas de rádio e TV não raramente se dedicam a analisar o seu look e como ele parece uma verdadeira estrela dos palcos ao entrar nos gramados.
Nada, porém, que comprometa seu trabalho, que é bem avaliado desde a estreia no Huracán em 2015. A aparência sempre alinhada não representa nada de futilidade. Ele é reconhecido pela humildade, pela objetividade no trabalho e por um conhecimento tático fora do comum para ler a partida e fazer as mudanças necessárias no time. Tanto é assim que um dos seus apelidos é "El Brujo" ("O Bruxo").
O pé no chão é visto também na hora de escolher os clubes. Além da estreia no Huracán e na atualidade do Colón, campeão da última Copa da Liga Profissional (versão adaptada do Campeonato Argentino em tempos de pandemia), Domínguez dirigiu também o Nacional do Uruguai, conquistando a Supercopa Uruguaia de 2019, e jamais forçou a saída de onde trabalhou em prol de um convite de um clube maior.
Uma curiosidade bastante repetida na Argentina é ele não usar o WhatsApp: "Quando instalei, logo tinha 300 mensagens me dando os parabéns. Não quero me sentir tão importante assim", responde.
O equilíbrio é visto também na hora de armar seus times. É difícil caracterizar seu trabalho na armação dos esquemas, tamanha a variação de estilos e as mexidas de acordo com o adversário. Polivalente e abrangente, sabe que só uma boa condução do elenco é capaz de evitar o clima ruim por deixar determinado jogador na reserva em detrimento de um suplente que tenha características mais adequadas em determinado momento.
Publicamente ou em conversas reservadas, seus atletas costumam elogiá-lo sempre pela sinceridade e pelo respeito com o qual trabalha e comunica decisões.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.