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Itens de Fidel, Maduro e mais: por que leilão de Maradona foi tão criticado
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Um dos assuntos mais comentados do esporte neste começo de semana na Argentina é o "Leilão do 10", realizado neste domingo (19). Organizado pelo grupo especializado Adrián Mercado, o leilão ofereceu uma página na internet com diversos itens de Diego Maradona, ex-jogador morto por uma parada cardiorrespiratória no ano passado. Desde bonés e camisetas até a sua emblemática casa onde morou com os pais no bairro de Villa Devoto, em Buenos Aires.
A casa, cujo lance inicial era US$ 900.000 (cerca de R$ 5,12 milhões), não recebeu ofertas. O objeto mais caro a ser vendido foi o quadro "Entre Fiorito e o céu", que adornava uma das últimas casas de Maradona e foi negociado por US$ 2.150 (R$ 12.245).
Fidel e Maduro
O leilão começou às 11h24 com a venda de um chapéu de palha por US$ 320, cujo lance inicial era US$ 60. Logo de cara foi vendido também por US$ 520 (R$ 2.961) o boné que Maradona ganhou de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, usando-o em partidas como técnico do Gimnasia y Esgrima de La Plata em 2019.
Outro item disputado logo no começo foi um quadro com uma foto de Maradona e Fidel Castro, "simbolizando a grande amizade entre os dois", segundo a legenda do leilão. O quadro que media 65 x 55 centímetros foi vendido por US$ 1.600 (R$ 9.113).
O leilão terminou às 14h15, arrecadando US$ 26.000 (R$ 148.009). Nenhuma das propriedades mais valiosas foi negociada. Além da casa de Villa Devoto, um apartamento em Mar del Plata, dois BMW e uma picape Hyundai não receberam lances, causando grande surpresa no país.
O fervor por Maradona é grande, sempre será, mas o ídolo também conta com uma crescente rejeição, e a economia argentina vive um dos piores momentos da sua crônica crise, com uma inflação que é cinco vezes a do Brasil.
"Um fiasco"
Sempre interessadas no "mundo Maradona", as duas principais rádios de Buenos Aires, a La Red e a Mitre, acompanharam ao longo do domingo a movimentação dos lances e dos itens que eram colocados à venda. As TVs que transmitem esportes na Argentina, como a TyC, a ESPN e a TNT, também abriram espaço em suas programações para acompanhar o "Leilão do 10".
Apesar do caráter informativo e neutro, pode-se ouvir também diversas críticas, que persistem neste começo de semana em Buenos Aires.
O mais incisivo foi o apresentador de TV Martin Liberman, da ESPN, que postou nas redes sociais uma dura mensagem contra o leilão, representando o pensamento geral portenho com a iniciativa:
"O leilão de Maradona foi um fiasco porque quiseram subestimar as pessoas com coisas que nunca significaram nada para Diego, não foram coisas do seu agrado. Sua família ficou com 'tudo de bom' e importante. E o que foi leiloado? Ou não serve ou ele nem usou", resumiu.
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