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Como o irmão caçula de Maradona planejou 'gol do século' contra os ingleses
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Irmão caçula de Diego Armando Maradona, Hugo Maradona morreu ontem (28) ao sofrer um ataque cardíaco em sua casa em Nápoles. Ele tinha 52 anos. Revelado pelo Argentinos Juniors, jogou em diversas equipes de vários países, como o austríaco Rapid Viena, o espanhol Rayo Vallecano, o venezuelano Deportivo Italia e o japonês Avispa Fukuoka. Também teve passagens por Uruguai e Canadá, antes de se dedicar às categorias de base do Napoli.
Não é por sua discreta carreira, porém, que ele foi lembrado durante toda a terça-feira na Argentina, e sim por ter sido o mentor do "gol do século" contra a Inglaterra, quando Diego carregou a bola por todo o campo de ataque driblando os adversários até empurrar para as redes do goleiro Shilton. O lance ocorreu nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México.
Em 13 de maio de 1980, a Argentina enfrentou a Inglaterra em um amistoso em Wembley, e Maradona, com apenas 19 anos, fez uma jogada muito parecida, enfileirando os adversários, mas errou na finalização ao chutar de três dedos e mandar para fora do gol. Voltando para casa, Diego ouviu o conselho de Hugo: "Era só driblar o goleiro que a bola entrava".
O histórico craque da camisa 10 da seleção passou os anos seguintes repetindo que lembrou de Hugo em plena corrida desenfreada ao gol de Shilton — que desta vez sim foi driblado para concluir a jogada que dificilmente será desbancada do posto de mais belo lance da história das Copas.
Gritado até hoje
O 2021 que está saindo de cena teve uma das suas maiores catarses esportivas em 22 de junho, quando milhões de argentinos se esgoelaram para gritar outra vez o segundo gol de Diego Maradona contra os ingleses em 1986 no exato horário em que ele ocorreu, às 16h09 (de Buenos Aires).
"Com Diego, seria uma linda homenagem. Sem ele, foi mais emocionante porque se misturaram os sentimentos de homenagem, alegria e saudade. São sentimentos contraditórios e profundos. Difícil conter as lágrimas", contou à agência RFI o argentino Maximiliano Ruíz, de 36 anos e 11 tatuagens do ídolo argentino, incluindo uma da célebre jogada comemorada.
O "gol do século" não é mania de grandeza dos argentinos. A opinião foi confirmada pela Fifa em uma sondagem internacional em 2002.
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