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Por que o Chile x Argentina de amanhã será no deserto, e não em Santiago?
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O jogo de maior atenção das Eliminatórias Sul-Americanas nesta quinta-feira (27) será no meio do deserto do Atacama e em um estádio para 12.000 espectadores. Mantendo uma das mais acirradas rivalidades do continente, Chile e Argentina vão se enfrentar às 21h15 (de Brasília) no Estádio Zorros del Desierto, em Calama, a 1.500 quilômetros da capital, Santiago. É a primeira vez que o estádio será usado pela seleção chilena de maneira oficial.
A mudança de sede tem uma dupla função para o Chile. Em má situação na tabela, ocupando a sexta colocação e hoje ficando fora até da Repescagem, a seleção entende que desta maneira consegue criar uma dificuldade maior para a Argentina, tradicionalmente menos poderosa na altitude. O Zorros del Desierto fica a 2.300 metros acima do nível do mar, altura semelhante à de Quito, no Equador.
O deserto de Calama serve também como parada para o próximo compromisso chileno — vai encarar a Bolívia nos 3.600 metros de altitude do Hernando Siles, na Bolívia, na próxima terça-feira (1º) com uma aclimatação mais adequada.
A Argentina chegará a Calama na noite de hoje, véspera da partida, e não fará o reconhecimento do gramado, algo que é habitual desde que o técnico Lionel Scaloni assumiu o cargo, há três anos e meio.
Público restrito
Com capacidade para 12.000 pessoas, apenas pouco mais de 8.000 torcedores estarão por lá amanhã devido aos protocolos contra o covid-19. Construído em 1952 com o nome de Estádio Municipal de Calama, o "Zorros del Desierto" foi reaberto em 2015 com este nome e costuma receber as partidas do Cobreloa. Lá não há setores populares, só assentos brancos e laranja mais parecidos com os de cinema. Há espaço entre as plateias e ao fundo do estádio é possível observar as montanhas, compondo um cenário pouco habitual.
A previsão é de frio, devido à amplitude térmica da região. A temperatura deve girar em torno dos 15 graus, mas com ventos intensos que deixarão a sensação térmica abaixo dos oito.
Sem Messi
A Argentina não convocou Messi para facilitar sua recuperação do covid-19. A grande dúvida para a azul e branca é saber quem vai atuar no seu lugar.
A possibilidade mais firme no momento é a entrada de Nico González, repetindo o que Scaloni fez contra o Uruguai em Montevidéu, quando Messi estava voltando de lesão. Outra baixa de peso para amanhã é a do zagueiro Cuti Romero, com lesão muscular.
A escalação mais provável da Argentina para o confronto ante o Chile é a seguinte: Dibu Martínez; Nahuel Molina (Gonzalo Montiel), Nicolás Otamendi, Lisandro Martínez e Marcos Acuña; Rodrigo De Paul, Leandro Paredes, Giovani Lo Celso; Nicolás González (Papu Gómez ou Paulo Dybala), Lautaro Martínez e Ángel Di María.
A Argentina está há 27 jogos sem perder, maior invencibilidade entre seleções em todo o mundo. A azul e branca já está classificada para a Copa do Mundo que será realizada no Qatar e ocupa a segunda colocação na tabela das Eliminatórias, com 29 pontos, contra 35 do Brasil, que lidera.
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