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Derrota do PSG é comemorada na Argentina: 'Messi vai voar na Copa do Mundo'
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Os argentinos demonstraram alegria com a eliminação do Paris Saint-Germain ontem (9) nas oitavas de final da Liga dos Campeões. A razão? Imaginar que Lionel Messi estará, aos 35 anos, em ótimas condições para a Copa do Mundo do Qatar. Ainda faltam oito meses para o Mundial, mas analistas e torcedores falam em "boa notícia para seleção" por Messi evitar o desgaste de competir e viajar pelo principal torneio de clubes da Europa.
"A eliminação é boa. Olhando para o copo meio cheio, Messi será poupado de até cinco jogos de alta voltagem antes da Copa do Mundo do Qatar", comentou ontem à noite Toti Pasman na rádio La Red, uma das mais ouvidas de Buenos Aires.
"Ele agora tem todas as condições para chegar de maneira excelente e recarregada para o Mundial. Messi vai voar nesta Copa do Mundo. Até pelo seu ânimo. Se as coisas não vão bem no clube, a seleção agora pode servir como uma contenção", finalizou, ressaltando que, antes de ganhar a Copa América, o cenário para o capitão argentino era exatamente oposto.
A administração física de Messi tem outro componente: ele começou 2022 com covid-19 e afastado dos treinos e jogos do PSG e da seleção.
Champions repetida, Mundial inédito
Messi conquistou a Liga dos Campeões quatro vezes, em 2006, 2009, 2011 e 2015 (todas pelo Barcelona). O título a mais não faria diferença na sua prateleira, ao contrário da tão cobiçada (e inédita) Copa do Mundo.
"Boas notícias para a Argentina. Messi eliminado. Impacto emocional, é verdade, não podemos desprezar a alma competitiva de Messi, mas vem à tona os interesses da seleção. A classificação do Real Madrid foi a melhor notícia para o técnico Lionel Scaloni", analisou Federico Bulos, na rádio Mitre.
"Messi virá com menos jogos sobre os ombros e sem correr muitos riscos daqui até novembro, quando a azul e branca estreia no Qatar. A partir de agora, ele só pensará na última Copa do Mundo da sua vida."
"Egoísmo de seleção: um Messi sem Liga dos Campeões", foi o editorial de Sebastián Vignolo na ESPN argentina. "A seleção precisa de seu gênio sem a Champions, e isso soa egoísta. Mas hoje o que serve à seleção é que Messi jogue o mínimo possível pelo PSG, para não ficar exposto a uma lesão que afetaria a sua preparação para a aventura no Qatar."
A ideia aplicada a Messi se estende também a outros dois titulares absolutos da Argentina: o volante Leandro Paredes e o atacante Ángel Di Maria, ambos intocáveis até aqui no grupo que Scaloni projeta para a azul e branca no Qatar.
O afã de analisar o futuro de Messi deixou para trás qualquer sentimento de tristeza pelo técnico compatriota Mauricio Pochettino. Ninguém na Argentina enxerga sua sequência no PSG depois da derrota de ontem.
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