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Tales Torraga

REPORTAGEM

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5 aspectos da estreia do Boca para o Corinthians já ficar de olho

Aldair Gutierrez, do Deportivo Cali disputa bola com Dario Benedetto, do Boca Juniors pela Copa Libertadores -  Gabriel Aponte/Getty Images
Aldair Gutierrez, do Deportivo Cali disputa bola com Dario Benedetto, do Boca Juniors pela Copa Libertadores Imagem: Gabriel Aponte/Getty Images

Colunista do UOL

06/04/2022 07h46

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O Boca Juniors jogou muito mal e perdeu para o Deportivo Cali ontem (5) na Colômbia na estreia do clube portenho na Libertadores da América. O placar final de 2 a 0 para os colombianos foi até modesto. O mais justo seria um 3 a 0 por um gol inacreditável desperdiçado no fim.

Definições como "traumática, insólita e muito pobre" invadiram a madrugada portenha nas análises da Rádio La Red e na ESPN, detentora dos direitos de transmissão de TV para a Argentina.

O Boca integra o Grupo E, o mesmo do Corinthians, e os clássicos serão realizados nos dias 26 de abril (em São Paulo) e 17 de maio (Buenos Aires).

A coluna ouviu as transmissões, os comentários e traz os desdobramentos da queda xeneize em Cali.

Goleiro

Agustín Rossi foi do céu ao inferno em dez dias. Herói na vitória sobre o River, falhou feio no último fim de semana (2 a 2 com o Arsenal pelo Campeonato Argentino) e voltou a jogar mal ontem. Não teve culpa nos gols. Mas titubeou em várias saídas e jamais passou segurança aos zagueiros.

Defesa

Um horror. Com os titulares afastados (Izquierdoz por lesão e Rojo por suspensão), os zagueiros Ávila e Zambrano foram muito vulneráveis. Zambrano saiu lesionado e deu lugar a Figal, ex-Independiente, que foi "mais mole que um alfajor", segundo a definição do comentarista Toti Pasman na Rádio La Red.

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Capa do jornal "Olé" alertando que já há um sinal amarelo para o Boca na Libertadores
Imagem: Reprodução

Volantes confusos

O Boca não contou com o volante Pol Fernández, machucado. E sua ausência foi sentida todo o tempo. O time não combateu e o único a jogar bem, e ainda assim apenas no primeiro tempo, foi o armador Óscar Romero. Todos os demais mesclavam insolência com pura falta de capacidade. E de pensar que a Argentina insistia que este Boca era um exemplo de entrega depois da vitória sobre o River pelo campeonato local.

Benedetto sumido

O atacante se arrastou em campo e ainda assim chegou ao final da partida. Não merecia — por ter jogado mal e por uma entrada brutal no primeiro tempo. Levou só um amarelinho. Não deu para entender porque o técnico Sebastián Battaglia não colocou em seu lugar o oportunista Vázquez, que jogou no fim de semana e foi "poupado" para atuar agora no Campeonato Argentino contra o Vélez.

Battaglia mal

De "se formar como técnico ao vencer Gallardo" ao rasgar seu diploma em dez dias. O treinador xeneize escalou mal, mexeu mal (e com demora) e não consegue dar uma identidade a este Boca nem já levando oito meses de trabalho. Voltou a ter a corda no pescoço. Vai precisar convencer Juan Román Riquelme, vice-presidente de futebol do Boca, de que merece seguir no cargo.