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Tropeço hoje deve deixar Boca Juniors sem técnico para pegar o Corinthians
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Vale pela segunda rodada da fase de grupos, mas para o Boca Juniors o confronto contra o Always Ready tem ares de decisão. A partida começa às 19h15 (de Brasília) de hoje (12) na Bombonera e é determinante para a sequência do técnico Sebastián Battaglia no comando do clube xeneize.
Battaglia tem 41 anos e está em sua primeira experiência como treinador de time grande. Atleta mais vitorioso da história do Boca (era volante), com 17 títulos, sendo 10 internacionais, ele era o técnico azul e ouro da "Reserva", categoria semelhante aos antigos "Aspirantes" no Brasil.
Foi preparado para ser o "Marcelo Gallardo do Boca", mas até aqui, em oito meses no clube, não convenceu e pode forçar a diretoria — composta por muitos companheiros dos tempos de jogador — a demiti-lo.
Sem cara e sem pontos
O primeiro aspecto a se considerar é a falta de identidade da equipe. Este Boca carece de um funcionamento lógico, dependendo demais de individualidades. Um simples desfalque, como o atacante colombiano Villa, suspenso pela briga do ano passado ante o Atlético-MG no Mineirão, pode ruir toda a capacidade da equipe de somar os pontos para a vaga nas oitavas de final. O grupo está mais complicado que o esperado.
Outro aspecto tem a ver com o afastamento de um "joia" do clube — Agustín Almendra, que o xingou e quase o agrediu em um treinamento. Battaglia deixou claro à diretoria que "era ele ou o jogador", algo que não caiu bem nos bastidores do clube. O Boca, afinal, entende que perde milhões com o jogador inativo e sem ser negociado (pois ninguém aceitou comprar seus direitos).
Surpresa
O mau momento de Battaglia chega a surpreender.
Afinal, ele acertou na estratégia e contou com uma boa dose de sorte ao vencer o River por 1 a 0 em pleno Monumental de Núñez no último superclássico, há duas semanas e meia. Desde então, a equipe regrediu, perdendo na estreia da Libertadores para o Deportivo Cali, e empatando duas pálidas partidas pelo Campeonato Argentino (2 a 2 ante o Arsenal e 0 a 0 com o Vélez).
Até mesmo um empate ante o Always Ready pode determinar o fim do ciclo de Battaglia — afinal, apenas um pontinho somado em seis disputados é uma complicação suficiente para se buscar um técnico mais rodado que possa tirar a equipe do sufoco.
O clima em Buenos Aires é desfavorável ao Boca, que em outros momentos da sua história jamais imaginou deixar pontos pelo caminho jogando na Bombonera contra um time da Bolívia, mas a realidade é mesmo preocupante.
Os confrontos contra o Corinthians estão marcados para os dias 26 de abril (em São Paulo) e 17 de maio (na Bombonera). A horas de enfrentar o Always Ready, é impossível cravar entre os portenhos que Battaglia estará no comando xeneize nos clássicos sul-americanos ante o Alvinegro.
Escalação
O goleiro do Boca hoje contra o Always Ready será Agustín Rossi, que alterna momentos de brilho com erros bisonhos. O lateral-direito será o peruano Luis Advíncula, potente no ataque e falho na defesa. Os zagueiros são os reservas (e muito questionados) Gabriel Aranda e Gastón Ávila. O colombiano Frank Fabra, explosivo no apoio e nas entradas duras, também está garantido.
O meio-campo é extremamente dinâmico, bem ao gosto de Battaglia. Os volantes são os leves e habilidosos Cristian Medina, Pol Fernández e Juan Ramírez. O paraguaio Óscar Romero é o "engache", responsável por munir o ataque com o rapidíssimo Exequiel Zeballos e o oportunista Darío Benedetto, que anda deixando muito a desejar.
(Anda com a "pólvora molhada", como dizem os portenhos.)
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