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Riquelme e técnico 'racham', e Boca vive colapso antes de pegar Corinthians
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Rachado dentro e fora de campo. Assim está o Boca Juniors a seis dias de encarar o Corinthians na Neo Química Arena, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores da América.
Sem zagueiros, com jogadores punidos pela briga do Mineirão e um atacante acusado de atropelar a ex-esposa, o clube agora vive uma grave crise interna por conta do desentendimento entre o técnico Sebastián Battaglia e Juan Román Riquelme, maior ídolo da história do Boca e que hoje é vice-presidente de futebol da instituição.
A coluna apurou que ambos não têm uma conversa presencial há dois meses, recorrendo sempre a amigos em comum — os famosos "emissários" — para trocar opiniões nem sempre amigáveis. Riquelme está profundamente irritado com o desempenho da equipe, e isso é tão certo que o jornal esportivo "Olé" deu sua capa de ontem (19) à crise entre ambos.
O "racha" está bem definido e é quase um milagre que Battaglia resista à fase de grupos da Libertadores.
O primeiro motivo para isso é o paupérrimo desempenho da equipe, que não encontra uma identidade de jogo. Em 35 jogos, Battaglia usou 33 formações diferentes, segundo o "Olé". As queixas de Riquelme passam principalmente por aí.
Pelo lado de Battaglia, há reclamações sobre a falta de respaldo do "Conselho de Futebol" que gere administrativamente o clube, formado por ex-companheiros seus (e de Riquelme) como os ex-volantes Raúl Cascini e "Chicho" Serna, o ex-atacante "Chelo" Delgado e o ex-zagueiro "Patrón" Bermúdez.
Entre as versões que circulam na imprensa argentina, há uma enorme diferença entre as maneiras de enxergar o melhor funcionamento da equipe, que melhorou depois da escalação do volante Pol Fernández por uma imposição de Riquelme a Battaglia. O entorno de Román nega — afirma que foi uma sugestão, não uma imposição.
Outras diferenças passam pela preferência de Battaglia por juvenis em plena adolescência, enquanto Riquelme e os demais dirigentes estariam forçando a escalação de jogadores mais maduros que precisam ser negociados em breve, segundo publicou o "Olé".
Um dos casos mais conflituosos é o do meio-campista Agustín Almendra, de 22 anos, que é considerado um dos maiores talentos revelados pelo Boca nos últimos anos — e afastado por Battaglia do time principal.
O motivo do isolamento?
Uma briga no treinamento que terminou com Almendra insultando o técnico. Por pouco, o ponto final não foi uma troca de socos entre Almendra e Battaglia na frente de todo o grupo.
Dois jogos e SP
É neste clima surreal que o Boca recebe o Godoy Cruz de Mendoza hoje (20) às 21h30 (de Brasília) na Bombonera. Depois, o Boca tem ainda mais um compromisso pelo Campeonato Argentino (versão Copa da Liga Profissional) antes de enfrentar o Corinthians. Os comandados de Battaglia encaram também o Central Córdoba em Santiago del Estero no sábado às 19h.
Santiago del Estero fica a 1.070 quilômetros de Buenos Aires. O cenário mais provável na capital portenha nesta quarta é que o Boca jogue com time alternativo tanto hoje quanto no fim de semana — para evitar o deslocamento, um dos maiores da Argentina, e deixar os titulares em ótimas condições para o clássico ante o Corinthians.
Há um problema: o Boca hoje está em quarto no seu grupo e corre risco de não se classificar para as quartas de final.
Cada chave de 14 times classifica exatamente quatro. Ou seja: os xeneizes estão no limite para serem eliminados ainda na fase de grupos da competição local. A rodada deste meio de semana é a 11ª de um total de 14.
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