Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Como foi o vexame do Boca Juniors no último jogo antes de pegar Corinthians
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Boca Juniors foi humilhado pelo Banfield na noite de ontem (1º), em plena Bombonera lotada. O clube xeneize perdia por 3 a 0 já aos 38 minutos, e o placar persistiu até o fim. O jogo valeu pela sexta rodada do Campeonato Argentino.
O Boca agora é o sétimo no torneio local, com 9 pontos, enquanto o Banfield vem em terceiro, com 11. O líder é o Newell's Old Boys, com 13.
Liquidando prestígio
O Boca jogou com o time reserva. Dos atletas que entraram em campo na Neo Química Arena, apenas o lateral-esquerdo Sández e o volante Campuzano atuaram também na noite de ontem na Bombonera. A ideia do técnico Sebastián Battaglia era clara: preservar o elenco todo para a decisão de terça (5) contra o Corinthians.
O time levado a campo pelo Boca, porém, não era fraco o suficiente para justificar o 3 a 0.
Desde o goleiro Javi García, passando pelo volante Ramírez, e incluindo o atacante Vázquez, a escalação tinha nomes interessantes que em algum momento já foram titulares pelo clube portenho. Villa, Benedetto e Rossi, para citar três jogadores de peso, ficaram no banco e não saíram dele, o que gerou muitas críticas nas transmissões de rádio em Buenos Aires.
"Para quê levá-los ao banco então?", foi a questão levantada pelo comentarista Toti Pasman na Rádio La Red, a mais ouvida do esporte na capital portenha.
Outra ponderação negativa foi enganar o torcedor.
A noite portenha de sexta-feira foi das mais geladas, registrando apenas 8 graus no bairro de La Boca. Com o estádio às margens do Rio Riachuelo, a região certamente era das mais frias de toda a capital, e ainda assim o público compareceu em peso e empurrou a equipe mesmo perdendo por 3 a 0.
"Se é assim, deixando os medalhões no banco, por que não avisar o torcedor e deixá-lo quieto em casa? Mandar sua torcida para a arquibancada com frio e garoa, e dando este vexame, é coisa de time pequeno, não de Boca Juniors", ponderou Pipi Novello, outro comentarista da La Red.
Cumprindo tabela
O argumento de Battaglia depois da partida era citar que o Boca vem de ser campeão argentino na Copa da Liga Profissional. A vaga na próxima Libertadores já está garantida, e valia mais a pena livrar os jogadores de qualquer lesão para o confronto contra o Corinthians.
O olhar pragmático é válido, mas a torcida saiu da Bombonera enfurecida, deixando clara a insatisfação com o que se viu.
Cantos como "quero a Libertadores e matar as galinhas [apelido pejorativo do torcedor do River na Argentina]" e "na terça, custe o que custar, teremos que ganhar" foram ouvidos durante todo o segundo tempo e durante as entrevistas com o público depois da partida.
O jogo foi para cumprir tabela, é verdade. Mas a derrota por 3 a 0 foi bastante indigesta (poderia ser até o dobro, porque o Banfield esqueceu de jogar na segunda metade). Os ânimos estão ainda mais acirrados para enfrentar o Corinthians, e este Boca provou: tem um time titular muito bom, mas vai se complicar se precisar do seu banco de reservas na próxima terça.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.